Com a inflação mais controlada, a grande maioria dos trabalhadores que tiveram reajuste de salários tem conseguido negociar ganhos reais – ou seja, aumentos acima da alta geral de preços na economia. Foi o caso de 89% dos acordos feitos em março. Considerando os últimos 12 meses, a proporção foi de 83%.

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É o que revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 25, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), considerando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Os dados apontam que março foi o 16º mês seguido de reajustes reais positivos, com aumento médio de 5% – igual ao dos meses anteriores, e acima do INPC acumulado de 3,9%.

Maiores e menores aumentos

Considerando as áreas em que os salários tiveram os maiores aumentos de janeiro a março, a de refeições coletivas lidera com 3,8% de reajuste real (ou seja, descontando a inflação) mediano. Em seguida vêm limpeza urbana, asseio e conservação; condomínios e edifícios; e bares, restaurantes, hotéis, similares e turismo (todas com 3,3%).

Na outra ponta, a área de comércio de derivados de petróleo foi a única da lista sem reajuste (0%), enquanto radiodifusão e televisão teve o menor, com 0,3%.

A pesquisa da Fipe faz o acompanhamento das negociações coletivas nos acordos e convenções depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os valores podem sofrer revisões em caso de acordos e convenções que ainda não haviam sido disponibilizados.