15/03/2018 - 11:24
Estônia, Grécia e Reino Unido foram os únicos países da Otan que, juntamente com os Estados Unidos, gastaram mais de 2% do PIB nacional em defesa em 2017, apesar da pressão do presidente americano, Donald Trump, informa a Aliança Atlântica em seu relatório anual.
Os dados representam um retrocesso às previsões da organização, que sugeriam que a Polônia e a Romênia também alcançariam esse objetivo. Estes países da antiga órbita soviética atingiram 1,99% e 1,8%, respectivamente, de acordo com o relatório.
Aumentar o gasto militar dos aliados é uma demanda constante das diferentes administrações dos Estados Unidos. Com a chegada de Trump, Washington intensificou a pressão sobre seus aliados para cumprir com o compromisso adotado na cúpula de 2014 para aproximar-se de 2% antes de 2024.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ressaltou os esforços dos aliados europeus e canadense dos Estados Unidos em 2017, o terceiro ano consecutivo de progresso nos gastos militares.
Os Estados Unidos, cujos gastos militares representam dois terços do total da Otan, critica especialmente a Alemanha por não investir o suficiente. Stoltenberg destacou a este respeito o aumento dos gastos militares na primeira economia da UE, que atingiu 1,24% em 2017.
A Aliança Atlântica espera que em 2018, entre os 29 aliados, além da Romênia e da Polônia, juntem-se ao grupo dos 2% a Letônia e a Lituânia, vizinhos da Rússia de Vladimir Putin.