A Black Friday, realizada anualmente na última sexta-feira de novembro, ganhou força no Brasil em 2010. Desde então, o evento atrai muita pessoas às lojas físicas e virtuais em busca de produtos como eletrônicos, eletrodomésticos, roupas e até itens consumíveis.

A promoção é uma data móvel no calendário e cai sempre na última sexta-feira de novembro. Neste ano, o dia de descontos com maior apelo do comércio global será em 25 de novembro, podendo se estender algumas lojas por um período mais longo.

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Embora sejam muito procuradas, as ofertas da Black Friday também despertam a desconfiança dos consumidores em relação à sua validade. Isso porque, na data, é comuns que as lojas pratiquem a famosa “Black Fraude”, aumentando o valor dos produtos dias antes e diminuindo o preço durante o evento de promoções, para simular um desconto.

Nos Estados Unidos, a expressão Black Friday serve para denominar a sexta-feira após o feriado de Ação de Graças – comemorada na última quinta-feira de novembro -, iniciando a temporada de compras para o Natal. Ainda que não haja uma explicação única para a origem do termo, não há ligação comprovada com a escravidão, como tomou força nas redes sociais nos últimos anos.

A American Dialect Society, órgão dedicado ao estudo da língua inglesa nos EUA, registra que o uso mais antigo do termo é de 1951, quase um século após a abolição da escravatura no país. Em 2013, o site Snopes mostrou que, naquela época, a “sexta-feira negra” era usada para descrever a onda de faltas de trabalhadores que alegavam doenças para emendar o feriado com o sábado e o domingo.

Na década de 1950, a polícia da Filadélfia passou a usar o termo Black Friday para se referir ao dia entre a Ação de Graças e um tradicional jogo entre Exército e Marinha. Na sexta-feira seguinte ao feriado, multidões de consumidores e turistas iam para a cidade, forçando os policiais a trabalhar longas horas monitorando o fluxo de pessoas.

Com o passar do tempo, a expressão ganhou conotação positiva, já que se tornou a data que concentra os maiores gastos com consumo, impulsionando as vendas de lojistas e oferecendo vantagens aos clientes.

É preciso atenção para não cair em promoções falsas durante a Black Friday. Uma das mais comuns é a de produtos “pela metade do dobro”, quando os varejistas aumentam o preço da mercadoria semanas antes do evento para baixá-lo em seguida. Para escapar de ciladas como essa, uma dica é recorrer a comparadores de preço que permitem consultar o histórico de preços do produto em gráficos para, assim, saber se o desconto é real.

A forma de pagamento também é um fator que pode alterar o valor dos produtos. Algumas lojas oferecem descontos apenas para os pagamentos feitos à vista, mas aumentam a taxa de juros em compras realizadas via cartão de crédito. Nesses casos, vale conferir as informações atentamente antes de comprar. O valor do frete também pode fazer a diferença. Logo, não se esqueça de levá-lo em conta.

Além de boas práticas para não cair em promoções de produtos “pela metade do dobro”, é preciso se cercar de alguns cuidados para não ser vítima de golpes online. O consumidor pode, por exemplo, pesquisar a reputação da loja no Reclame Aqui e consultar o CNPJ do comércio na Receita Federal, para saber se o e-commerce realmente existe e se está legalizado. Além disso, todos os anos o Procon-SP atualiza uma lista com lojas que não são confiáveis.