As oito pessoas que morreram na queda de um balão em Santa Catarina não conseguiram saltar no início do incêndio, segundo Tiago Luiz Lemos, responsável pela delegacia de Praia Grande, onde aconteceu a tragédia. Em relato no qual detalha o depoimento do piloto, ainda não identificado, Lemos diz que as chamas começaram no cesto do balão, por conta de um maçarico.

Ao perceber o início do incêndio, o piloto teria conseguido baixar o balão. Ao se aproximar do solo, segundo o relato, ele ordenou que as pessoas pulassem e saltou do balão com elas. Treze pessoas sobreviveram ao acidente.

Algumas, porém, não conseguiram deixar a aeronave que, mais leve, alçou voo. No ar, quatro pessoas pularam e quatro morreram carbonizadas. Queimado, o balão caiu em Cachoeira do Bom Jesus, em Praia Grande. A cidade é um tradicional destino de balonismo, conhecida como Capadócia brasileira.

Entre os sobreviventes, dois estão hospitalizados, segundo Lemos. A Sobrevoar, empresa que prestava serviços, informou que havia 21 pessoas, incluindo o piloto. O Estadão não conseguiu localizar a empresa.

O incêndio teria começado com um maçarico usado para reacender a chama do balão, caso o fogo apague durante o voo. De acordo com o delegado, o piloto não soube dizer se o maçarico teria ficado ligado ou se houve uma chama espontânea.