O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Luciano Chaves, afirmou nesta sexta-feira, 6, em Belo Horizonte, que a maior preocupação da equipe médica responsável pelo tratamento das vítimas do incêndio na creche em Janaúba é com relação a queimaduras nas vias aéreas. Na capital mineira para um evento, Chaves esteve pela manhã no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde estão internadas vítimas da tragédia.

“Além do comprometimento da superfície corporal, tem a gravidade do comprometimento pulmonar”, disse Chaves. O médico informou que o banco de peles de Porto Alegre tem material suficiente para 15 crianças e que esse volume foi bloqueado para possível utilização nas vítimas do incêndio em Janaúba.

Em entrevista à tarde, o coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados do João XXIII, também cirurgião plástico, Marcos Mafra, afirmou que parte das crianças internadas no hospital apresentam queimaduras nas vias aéreas. Outras, no entanto, apresentam quadro de intoxicação. “Todos foram atendidos inicialmente, conforme mandam os protocolos médicos, e a sequência no tratamento será feita”, disse.

Transferências

Depois de transferências realizadas nesta sexta, o João XXIII tem nesse momento oito pacientes da tragédia de Janaúba: seis crianças e duas mulheres. Outras três crianças foram transferidas para o Hospital Municipal Odilon Behrens e duas para o João Paulo II. “Crianças que apresentaram menor risco foram transferidas”, justificou o coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados do João XXIII. Na capital, inicialmente, o hospital recebeu, entre a noite de ontem e a manhã de hoje, 13 vítimas do incêndio na creche em Janaúba.