23/08/2013 - 21:00
Papéis avulsos
A QGEP Participações, empresa de petróleo do grupo Queiroz Galvão, anunciou na terça-feira 20 a descoberta de petróleo na Bacia do Jequitinhonha, em Canavieiras, no sul da Bahia, a 20 quilômetros da costa. Para determinar a viabilidade e o potencial do poço, que é 100% da empresa presidida por Lincoln Rumeno Guardado, serão necessários mais estudos.
A notícia é positiva, mas os analistas preferem esperar pelos testes, que terão de ser interrompidos em 30 de setembro por conta do período de reprodução das tartarugas. “A descoberta é algo positivo, mas é muito cedo para calcular seu impacto nas ações”, diz, em relatório, Paula Kovarsky, analista do Itaú BBA. Segundo ela, a maior probabilidade é que a empresa comercialize gás. “Se esse for o caso, a Queiroz terá de usar o gasoduto da Petrobras, o que pode ser um risco”, avalia. “No caso do petróleo não haverá problemas de comercialização.”
Logística
CCR leva o Metrô de Salvador
Única a apresentar proposta, a concessionária de rodovias CCR vai concluir o metrô de Salvador. Ela ofereceu um contrato de R$ 127,6 milhões, 5,05% abaixo do teto. Além de finalizar o projeto, que se arrasta há 13 anos e foi iniciado por empresas ligadas à CCR, a companhia também deverá expandir a linha 1 e construir a linha 2. Ao todo serão 42 quilômetros de extensão e 20 estações. Na semana, as ações da CCR subiram 0,9%.
Touro x Urso
O Índice Bovespa deverá testar uma resistência de 52.000 pontos na última semana de agosto, embalado por bons números da economia chinesa, que têm dado sustentação aos principais papéis da Bolsa.
Energia
BNDES aposta mais na MPX
O BNDES vai injetar, entre os dias 14 e 16 de agosto, R$ 82 milhões na MPX, geradora de energia elétrica do grupo alemão E.ON. A companhia germânica comprou a MPX de Eike Batista por R$ 49 milhões em junho. O banco detém 10,3% das ações por meio da BNDESPar, e exerceu seu direito de preferência para comprar os papéis.
Varejo
Luiza na web
Os investidores não se empolgaram com a compra do site Época Cosméticos, de venda on-line de artigos de beleza, pelo Magazine Luiza, por R$ 13,6 milhões. As ações da varejista caíram 10,6% na semana até quinta-feira 22. No ano, a baixa é de 55%. O objetivo da presidente do grupo, Luiza Trajano, é aumentar o mix de produtos em outros canais de negócio como a internet.
Participações
Dólar em alta eleva as perdas da GP
A gestora de private equity GP Investimentos, dirigida por Fersen Lambranho, registrou um prejuízo de US 63,8 milhões no segundo trimestre, um aumento de 29% em relação a 2012. A causa para as perdas, que somam US$ 72 milhões no primeiro semestre, foi a desvalorização do real frente ao dólar. Os investimentos encolheram US$ 56,8 milhões no trimestre. Desse total, US$ 43 milhões são perdas com o dólar. O restante veio da queda nas ações listadas em bolsa possuídas pela GP.
Destaque no pregão
Submarino afunda nos prejuízos
Desde sua criação em 2011, a B2W não apresentou nenhum lucro trimestral. O segundo trimestre de 2013 não foi diferente. A dona do Submarino anunciou um prejuízo de R$ 49,3 milhões, alta de 26,7% ante 2012. Segundo a companhia, a perda foi causada por uma política de descontos agressiva. Alguns investidores se cansaram. Na quinta-feira 22, a gestora carioca Polo Capital anunciou a venda de ações, baixando sua participação na B2W para menos de 5%. Procurada, a Polo não comentou o assunto.
Palavra do analista: Henrique Florentino, da Um Investimentos, diz que o prejuízo foi maior que o esperado, mas nem tudo está ruim. “Em julho, a B2W iniciou a venda de roupas e calçados, que têm melhores margens”, diz.
Mercado em números
Eletrobras
R$ 1 bilhão – será a economia anual da empresa de energia se 4.380 de seus empregados aderirem ao programa de desligamento. A estatal já provisionou R$ 1,2 bilhão para arcar com os custos.
Randon
R$ 368,2 milhões - foi a receita líquida da companhia no segundo trimestre, um avanço de 30,5% frente a 2012. No semestre, a receita somou R$ 2,4 bilhões, avanço de 26,4% na comparação anual.
Iguatemi
R$ 38,7 milhões - é a estimativa do quanto a administradora de shoppings pagaria pelos 1,76 milhão de ações que pretende recomprar do mercado, equivalentes a 2,1% do capital votante.
Banese
R$ 1,9 milhão – é o valor dos dividendos que o banco sergipano deve distribuir a seus acionistas, o equivalente a R$ 0,17 por ação ordinária e R$ 0,18 por preferencial.
Petrobras
US$ 2,1 bilhões - foi por quanto a estatal vendeu uma participação em um bloco da Bacia de Campos e toda a participação em três blocos no Golfo do México, nos EUA.
Colaborou: Fernando Teixeira
