08/01/2023 - 18:39
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou a exoneração de Anderson Torres, então Secretário de Segurança do DF, neste domingo, 8, após a invasão de bolsonaristas em Brasília.
“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF à disposição do mesmo”, escreveu Ibaneis em sua conta no Twitter.
Torres é delegado da Polícia Federal e a corporação está subordinada ao Ministério da Justiça. Ele é alvo de investigação por participar de uma live de Jair Bolsonaro (PL), em julho, quando o ex-presidente colocou em dúvida, sem provas, a lisura do processo eleitoral.
Ainda em dezembro, quando as manifestações completaram mais de 1 mês, Torres, afirmou “que desde o início das “manifestações” o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal (PF), manteve “estreito contato” com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal e com o governo distrital a fim de conter a violência e restabelecer a ordem.
Filiado ao União Brasil, Torres foi indicado, em 2021, por Bolsonaro para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Foi nomeado e tomou posse no dia seguinte, perdendo o posto no dia 31 de dezembro de 2022. O delegado era um forte aliado do ex-presidente.
Com a nova gestão presidencial, Torres voltou ao cargo na segurança pública do DF. Neste domingo, dia da invasão em Brasília, ele estava fora do país. Ele chegou a comentar o caso nas redes sociais, antes de ser exonerado.
“É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei”, escreveu.
Em Brasília
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse à Reuters que todas as forças de segurança foram colocadas nas ruas para combater os invasores da sede dos Três Poderes.
Ibaneis foi perguntado também porque o GDF não agiu antes, já que era sabido que os manifestantes golpistas planejavam uma ação em Brasília, mas não respondeu.