Celina Leão (PP) deve assumir o cargo de governadora do Distrito Federal após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastar o governador Ibaneis Rocha (MDB) por suspeita de omissão na segurança do distrito. O político está afastado do cargo pelo prazo de 90 dias, após a repercussão dos ataques terroristas ocorridos em Brasília neste domingo (8).  

Celina Leão Hizim Ferreira, de 45 anos, é natural de Goiânia (GO) e ocupava, até 2022, o cargo de deputada federal, segundo o portal da Câmara dos Deputados. Em sua conta no Twitter, ela reagiu aos ataques aos Três Poderes: “Democracia não é a invasão e dilapidação do patrimônio público !!  Inadmissível a invasão aos poderes da república”, escreveu. 

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Governadora interina fez campanha para Jair Bolsonaro

Antes dessa postagem, porém, Celina tinha um post de outubro de 2022, agradecendo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ‘resgate ao orgulho de ser brasileiro’, em referência ao resultado das eleições presidenciais. As postagens anteriores mostram a rotina da então eleita vice-governadora em campanha pela reeleição do ex-capitão. 

No Instagram, ela se despediu do ano de 2022 com uma foto ao lado do ex-presidente. “Essa frase define o seu mandato: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. 2 Timóteo 4:7-8. Presidente Jair Bolsonaro, gratidão por todo o esforço para termos um país melhor. Deixa um legado para o Brasil, economia em crescimento, deflação, um governo sem corrupção, muitos esforços para que todos tenham uma vida melhor. Aqui no DF vamos continuar e cuidar de quem mais precisa”, escreveu.

Formada em administração de empresas, Celina esteve na função de Secretária de Esportes do Distrito Federal na primeira gestão de Ibaneis. Já foi filiada ao antigo PSDB e ao PDT, e ingressou na Câmara em 2019. 

Em 2016, Celina foi afastada da Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde atuava como presidenta, junto com mais sete parlamentares, pela Operação Drácon, deflagrada no DF. A então deputada distrital e seus companheiros eram suspeitos de participar de um esquema de corrupção envolvendo distritais e servidores públicos. 

Em julho de 2022, Celina pediu suspenção da ação penal do caso, acatada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.