Mais um CEO foi flagrado por câmeras em situação questionável. Desta vez, não foi por conta de uma traição conjugal, como no caso de Andy Byron da Astronomer, mas por uma disputa com uma criança. O CEO da vez é Piotr Szczerek, dono de uma empresa polonesa de material para jardinagem.

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Após uma partida de tênis do US Open, nos Estados Unidos, o tenista Kamil Majchrzak se aproximou da plateia para distribuir autógrafos e fazer selfies, e, neste momento, tirou seu boné, que estava autografado, e entregou para uma criança. Contudo, antes mesmo que a criança se desse conta de que o jogador entregava o boné, Piotr Szczerek se apressa e pega o acessório do tenista e logo guarda na bolsa de uma mulher que o acompanha. Neste momento, o menino percebeu a ação, chora e pede pelo boné, mas Piotr não cede.

A cena rodou o mundo e, claro, acompanhada de muitas críticas ao adulto Piotr. A história piora após se revelar que Piotr é um CEO milionário, dono de uma empresa que patrocina campeonatos e a federação polonesa de tênis.

De acordo com o tabloide americano The New York Post, Szczerek é jogador amador de tênis, e possui uma quadra particular de tênis em casa, que teria sido um presente de aniversário para a esposa, Anna Szczerek, que também é jogadora amadora de tênis.

Drogbruk pavimentos

A Drogbruk está sediada em Błaszki, na Polônia. É uma empresa de soluções de pavimentação e paisagismo. Foi fundada em 1999 por ele e sua esposa Anna. A empresa produz itens como blocos de pavimentação, lajes, pedras, cercas e outros elementos para infraestrutura e jardins, como tubulações de água e esgoto e terraplanagem.

Além de patrocinar campeonatos de tênis, a empresa também apoia torneio de futebol no país e outros eventos sociais.

Após o incidente do final de semana, a empresa recebeu centenas de avaliações negativas na plataforma TrustPilot, de reputação e avaliação de empresas. A companhia figura com uma estrela, o que a classifica como ‘muito ruim’.

Posicionamentos

Após a viralização do momento e da ‘condenação’ de Piotr pelo público, o executivo postou uma mensagem em seu Instagram em que resumia o fato a “assim é a vida”, argumentando que ele foi mais rápido que o menino, que o que aconteceu não é motivo para um “escândalo global” e ainda indica que pode processar comentários a respeito de sua atitude. Leia na íntegra:

“O recente incidente em uma partida de tênis causou um tumulto desproporcional na internet. Obviamente, estou falando do famoso boné. Sim, eu o peguei. Sim, eu o peguei rapidamente. Mas, como sempre digo, a vida é ‘quem chega primeiro, leva’. Entendo que algumas pessoas podem não gostar disso, mas por favor, não vamos fazer de um boné um escândalo global. Em relação ao ódio na internet, lembro que ofender uma pessoa pública está sujeito a responsabilidade legal. Todos os comentários ofensivos, calúnias e insinuações serão analisados para possível ajuizamento de ação judicial.”

Reprodução/Instagram (Crédito:Reprodução/Instagram)

Contudo, a mensagem pegou mal, e, mais tarde, o CEO fez uma segunda postagem em que faz um pedido de desculpas ao menino e classifica o que fez como um “erro grave”. Ambas as postagens estão fechadas para comentários.

Leia na íntegra:

“Em relação à situação que ocorreu durante a partida de Kamil Majchrzak no US Open, gostaria de pedir desculpas inequivocamente ao menino prejudicado, à sua família, bem como a todos os fãs e ao próprio jogador. Eu cometi um erro grave. Na emoção, no auge da alegria após a vitória, tive a convicção de que o tenista estava lançando o boné na minha direção — para os meus filhos, que haviam pedido autógrafos anteriormente. Essa convicção equivocada fez com que eu estendesse a mão por reflexo. Hoje, sei que fiz algo que parecia ter sido conscientemente para tirar uma lembrança de uma criança. Não foi a minha intenção, mas isso não muda o fato de que magoei o menino e decepcionei os fãs. O boné foi devolvido ao garoto, e a família aceitou minhas desculpas. Espero ter, pelo menos, reparado parcialmente o erro cometido. Também quero enfatizar claramente: nem eu, nem minha esposa, nem meus filhos comentamos sobre esta situação nas redes sociais ou em qualquer portal. Não utilizamos os serviços de nenhum escritório de advocacia para este assunto. Todas as supostas declarações que aparecem na internet não são de nossa autoria. Por anos, minha esposa e eu estivemos envolvidos em ajudar crianças e jovens atletas, mas esta situação me mostrou que um momento de desatenção pode destruir anos de trabalho e apoio. Para mim, esta é uma lição dolorosa, mas uma lição de humildade. Portanto, estarei ainda mais ativamente envolvido em iniciativas de apoio a crianças e jovens e em ações contra a violência e o ódio. Acredito que somente através de ações posso restaurar a confiança perdida. Mais uma vez, peço desculpas a todos que decepcionei. Por favor, peço a sua compreensão — por preocupação com a minha família, decidi desativar a possibilidade de comentar nesta publicação.”