O prefeito de Igarapé Grande, no interior do Maranhão, é suspeito de matar um policial militar de folga durante uma vaquejada em 6 de julho. Segundo a Polícia Civil maranhense, João Vitor Xavier (PDT) confessou ser o autor dos disparos e foi preso nesta terça-feira, 15, em São Luís. Ele se entregou aos policiais após a Justiça decretar sua prisão preventiva.

Segundo a Polícia Civil do Maranhão, João Vitor confessou ser o autor dos disparos contra Geidson Thiago da Silva Santos, de 39 anos, que morreu durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no interior do Maranhão. O prefeito se apresentou aos policiais no dia seguinte e alegou que agiu em legítima defesa.

Na ocasião, mesmo com a confissão, o prefeito não foi detido, pois não havia mandado de prisão em aberto, nem flagrante do delito. A Polícia Civil do Maranhão ainda não finalizou as investigações sobre o caso. Xavier, por ora, não foi indiciado pela morte do PM. Caso vire réu, o prefeito será julgado pela segunda instância do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), pois possui foro por prerrogativa de função. O Estadão busca contato com a defesa de João Vitor Xavier.

João Vitor Xavier, de 27 anos, é natural de Ouricuri, em Pernambuco, e provém de uma família de políticos. Seu pai, Júnior Xavier, é prefeito de Bernardo do Mearim (MA), vizinha de Igarapé Grande, enquanto Erlânio Xavier, seu tio, era o prefeito de Igarapé Grande antes do início de seu mandato.

João Vitor elegeu-se ao cargo com 4.987 votos, o equivalente a 70,3% dos votos válidos. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou ser estudante e possuir um patrimônio de R$ 550 mil. Antes de ser prefeito, havia sido vereador em Bodocó, em Pernambuco. Elegeu-se para o cargo em 2016, aos 18 anos.

Desde a última quarta-feira, 9, Xavier está licenciado do cargo, ocupado de forma interina por sua vice-prefeita, Maria Etelvina (PDT).