A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi confirmada para o Ministério do Planejamento pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O atraso em relação à sua nomeação estava ficando constrangedor, e não pela indecisão sobre a pasta: é que Simone Tebet foi uma da principais alavancas da eleição de Lula, em uma vitória apertadíssima, com menos de 2 pontos percentuais de diferença para seu oponente, Jair Bolsonaro (PL).

Filha de Ramez Tebet, ex-ministro da Integração Nacional no governo Fernando Henrique e senador falecido em 2006, Simone iniciou na carreira política em 2001, quando se elegeu deputada estadual em Mato Grosso do Sul aos 32 anos.

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Três anos mais tarde se tornou a primeira mulher a se tornar prefeita de Três Lagoas, sua cidade natal, sendo reeleita em 2008. Em 2010, foi eleita vice-governadora do estado na chapa com André Puccinelli.

Em 2014, Tebet chegou ao Senado Federal e votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Dois anos mais tarde, foi a primeira mulher a concorrer a presidência do Senado.

Destaque na CPI da Covid e terceira via nas eleições 2022

Simone Tebet ganhou destaque nacional por sua participação na CPI da Covid em 2021, quando seus questionamentos provocaram grande repercussão.

Nas eleições presidenciais deste ano, Tebet descartou alianças políticas num primeiro instante e fez valer sua posição de candidata a Presidência da República, confirmada depois pelo seu partido. Fazendo bom proveito dos debates e sabatinas eleitorais em que participou, a candidata ganhou força na reta final do primeiro turno e foi o terceiro nome mais votado na disputa, superando o candidato do PDT, Ciro Gomes.

Mantendo coerência com seu discurso de defesa dos direitos e protagonismo político da mulher, Simone Tebet apoiou Lula na disputa do segundo turno, participando ativamente da campanha do presidente eleito. Simone Tebet assumiu a posição de coordenadora de desenvolvimento social do governo de transição.