Papéis avulsos

 

As perspectivas para o varejo, no segundo semestre de 2012, são distintas. Nas últimas semanas, a aceleração da inadimplência reduziu os negócios das redes segmentadas, como as dedicadas ao vestuário. Luiz Cesta, analista da Votorantim Corretora, diz, porém, que os números devem melhorar. “Estimamos um crescimento da renda e um arrefecimento da inadimplência, o que vai beneficiar as lojas segmentadas”, diz. Em seu relatório, Cesta avalia que Guararapes, dona da rede Riachuelo, e Le Lis Blanc têm as melhores perspectivas.

 

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Riachuelo: boas perspectivas.

 

 

 

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Quem vem lá


Frigol Foods, em recuperação judicial, quer abrir capital

 

A empresa de alimentos paulista Frigol Foods Participações solicitou um registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários no início de abril. A empresa tem sócios ligados ao frigorífico Frigol, em recuperação judicial desde julho de 2010. Em janeiro, os executivos aprovaram a listagem da Frigol Foods no Bovespa Mais, segmento voltado às empresas de pequeno e médio porte em fase de ampliação de liquidez. 

 

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Fique de olho: as empresas frigoríficas estão bastante alavancadas, o que afeta diretamente seu resultado e os preços de suas ações.

 

 

 

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Touro x Urso

 

Em uma semana abreviada, o Índice Bovespa ignorou a piora do cenário internacional e avançou 0,7% até a quinta-feira 3. A alta foi sustentada pelas ações da Petrobras, que avançaram 2,2%. Nos próximos dias, a atenção estará voltada aos juros, que podem cair devido às alterações da poupança. 

 

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Dividendos


Vale e Petrobras foram as mais generosas em 2011

 

A generosa distribuição de lucros aos acionistas, em 2011, compensou as perdas da bolsa ao longo do ano. Segundo a Economática, foram pagos R$ 94,2 bilhões em dividendos, no ano passado, valor 29% superior ao de 2010. Vale e Petrobras foram as maiores pagadoras, distribuindo, juntas, R$ 25,7 bilhões. Por setor, os mais generosos foram os bancos, que destinaram R$ 19,7 bilhões em proventos para seus acionistas.

 

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Palavra do analista: segundo Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora paulista Souza Barros, as empresas que pagam bons dividendos são indicadas para investidores que visam o longo prazo. “São empresas consolidadas, mais conservadoras, com uma blindagem maior”, afirma.

 

 

 

 

 

Destaque no pregão


Aperto nas margens afeta ações da Gerdau

 

Após ter divulgado um lucro líquido trimestral 3% menor que o de 2011, e abaixo das expectativas do mercado, a Gerdau viu suas ações caírem até um mínimo de R$ 17,23, queda de 3,2%, e fecharam com baixa de  2,5%. A siderúrgica justificou o resultado dizendo que, apesar de a demanda ter permanecido aquecida, a rentabilidade foi afetada pelo aumento de custos. Gustavo Lobo, analista gráfico da Prosper Corretora, diz que pior do que a queda no lucro foi a perda de margem, que caiu quas 10%, mesma proporção do aumento da Receita. Para Lobo, a pressão deve continuar nos próximos meses. “Os papéis da Gerdau podem ter quedas ainda mais acentuadas”, afirma.

 

 

 

 

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Bancos


BTG Pactual caça empresas na África

 

O banqueiro André Esteves, presidente do banco BTG Pactual, anunciou na quinta-feira 3 a criação de um fundo de private equity de US$ 1 bilhão voltado para a África. O dinheiro deve ser destinado para infraestrutura, energia e agricultura. Sua expectativa é de que o fundo atinja sua captação máxima em um ano. 

 

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Mercado em números


Ambev 

R$ 2,5 bilhões - É o dinheiro que a cervejaria quer investir em 2012. No primeiro trimestre foram investidos R$ 365,6 milhões, principalmente na ampliação da  capacidade produtiva no Brasil.

 

ALL 

R$ 500 milhões - É quanto a empresa de logística quer captar por meio de uma emissão de debêntures simples. Os títulos terão um prazo de quatro anos, contados a partir de 30 de abril.

 

Ultrapar 

R$ 191 milhões - Foi o lucro líquido da companhia no primeiro trimestre, com queda de 1% diante do mesmo período do ano anterior e de 13% em relação ao quarto trimestre de 2011. 

 

AES eletropaulo

61% - Foi a queda dos lucros da empresa de energia AES Eletropaulo no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2011. O ganho da companhia foi de R$ 110,2 milhões nos três primeiros meses do ano. 

 

BM&F Bovespa 

17,8% – Esse foi o percentual de participação dos investidores pessoas físicas na BM&F Bovespa em abril, incluindo os Investidores Individuais e clubes de investimento. Os estrangeiros lideraram os negócios com ações no mês, movimentando 40,16%.

 

 

 

 

 


Pelo mundo


Lloyds tsb volta ao lucro

 

O banco inglês Lloyds TSB apresentou lucro de 2 milhões de libras no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo líquido de 2,4 bilhões de libras do ano anterior. Para diminuir o peso no balanço, o banco deve reduzir ativos e vender 632 filiais. Com as notícias, as ações da companhia dispararam 7,45% na terça-feira 1º, cotadas a 33,32 libras esterlinas.  

 

 

 

 

 

Facebook pode captar US$ 85,7 bi   

 

Um dos maiores IPOs do mundo, o do Facebook, deve arrecadar menos que os US$ 100 bilhões inicialmente previstos pelo mercado. Na quinta-feira 3, a expectativa da empresa era de que a faixa de preço das ações ficasse entre US$ 28 e US$ 35. Se chegar ao valor máximo, o IPO arrecadará US$ 87,5 bilhões. As negociações devem começar em 18 de maio.

 

 

 

 

 

Receita da US Airways tem alta de 9%

 

O aumento de 2,1% no tráfego de passageiros fez a receita da US Airways crescer 9% em abril deste ano,  ante o mesmo período do ano passado. Além disso, o número de assentos à venda teve expansão de 1,6%. Com os resultados, as ações fecharam a quinta-feira 3 aos US$ 10,72, alta de 4,48%. 

 

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Personagem


Taurus se protege 

 

A fabricante gaúcha de armas Taurus se reestruturou em 2011 para ter mais liquidez nos papéis. À DINHEIRO, Dóris Wilhelm, diretora de RI, diz que atende ao fator governança para ingressar no Novo Mercado, mas, por segurança, ficará no Nível 2 da Bovespa.

 

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Dóris Wilhelm, diretora de RI: ”Queremos dar mais liquidez

às ações PN da companhia”

 

A Taurus comprou a Heritage, nos EUA, por US$ 10 milhões. As compras devem continuar?

Sim. A reestruturação societária de 2011 prevê mais compras. Tanto que adquirimos uma empresa da Lupatech, cuja tecnologia nos permite fazer peças para outras indústrias, o que agrega valor à companhia. Também fizemos alongamento da dívida, com um empréstimo nos EUA, e estudamos mudar a localização do nosso parque industrial, pois a cidade cresceu no entorno da fábrica, localizada na zona norte de Porto Alegre. Podemos agregar valor com empreendimentos.

 

O que mais mudou?

Na reestruturação, determinamos que as ações ordinárias ficariam com os acionistas controladores e os papéis preferenciais (PN) ganhariam 100% de tag along, com garantia de 35% de dividendos. O objetivo é dar liquidez a esses papéis. Para isso, podemos contratar um formador de mercado.

 

Com toda essa estrutura, não seria viável ingressar no Novo Mercado?

Só não migramos por uma questão de segurança. Atuamos em um mercado de produtos controlados. Entrar no Novo Mercado significa perder a figura do controlador, o que poderia causar uma oferta hostil e criar problemas no controle da empresa. Por prudência, ficamos no Nível 2. 

 

A Taurus inaugurou uma fábrica de capacetes, na Bahia, em 2010. Foi um bom negócio? 

Sim. Lá fabricamos capacetes para motociclistas. Duplicamos a capacidade da fábrica neste ano e já temos 52% de participação de mercado no Brasil. O negócio deu tão certo que essa divisão já responde por 20% da receita líquida da companhia. 

 

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Colaboraram: Patrícia Alves e Fernando Teixeira