06/05/2019 - 10:33
Em meio ao polêmico corte de verbas para a educação no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 6, que quer preparar “meninos e meninas” para a quarta revolução industrial no País e, para isso, quer construir um colégio militar em cada Estado brasileiro. O discurso durou cerca de dois minutos e foi aplaudido pelos alunos do Colégio Militar que desde cedo esperavam Bolsonaro enfileirados nas dependências do entidade. Alguns estudantes passaram mal com o calor e foram retirados do evento.
“Estamos fazendo no Campo de Marte, na capital de São Paulo, o maior colégio militar do Brasil. Queremos preparar os jovens para a quarta revolução industrial. Desta forma mudaremos o destino no Brasil”, afirmou Bolsonaro durante discurso nas comemorações dos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro, o mais antigo do País, fundado por Thomaz Coelho na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.
Acompanhado do vice-presidente, general Hamilton Mourão, ex-aluno do Colégio Militar, Bolsonaro fez questão de ressaltar que os dois não estudaram juntos no Rio, mas foram colegas na Academia das Agulhas Negras. Também vieram ao evento um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro, o governador do Rio, Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella.
Bolsonaro é o primeiro presidente da República a visitar o Colégio Militar do Rio em 40 anos. O último havia sido o presidente João Figueiredo, em 1970.
Ele destacou a qualidade da educação proporcionada pelos colégios dirigidos por militares, afirmando que as “escolas militares honram todos os brasileiros com a educação básica” e que seriam bem colocadas nos rankings dos Estados.
“Queremos colocar colégios militares em todos os Estados do Brasil”, afirmou Bolsonaro, que cortou verbas das principais entidades federais de ensino, o que provocou um protesto de estudantes na porta do evento, sem maiores consequências.