13/12/2013 - 21:00
Revistas
A primeira encarnação da revista americana Newsweek, publicada de 1933 a dezembro de 2012, passou os seus quase 80 anos de história como uma rival da Time no segmento de revistas semanais. Mas agora, sob nova direção, ela pretende ser mais parecida com a inglesa The Economist, mais voltada para os assinantes do que para as vendas de anúncios. O foco será a produção de conteúdo especial, para se caracterizar como uma revista premium. No começo de dezembro, a atual dona da Newsweek, a IBT Media, que comprou o título em agosto deste ano, surpreendeu o mundo editorial ao anunciar a volta da publicação. A revista havia deixado de existir em papel, o que foi considerado um símbolo do fim do jornalismo impresso. Mas a IBT percebeu que a receita deve ser maior se a revista voltar a ter edições impressas.
Cinema
Espectador na direção
A montadora japonesa Mazda transformou os espectadores de cinema em Toronto e Vancouver em jogadores de videogame. Em uma campanha do carro Mazda3, criada pela agência JWT Canada, o público de salas de cinema pôde usar os seus celulares para dirigir um carro que aparecia na tela. As curvas eram feitas de acordo com o movimento coletivo dos celulares dos espectadores.
Marketing
Mensagem de Cristo
Além de se responsabilizar pela manutenção do Cristo Redentor, a marca de limpeza Cif, da Unilever, veiculará mensagens de Natal no monumento. Os internautas poderão enviar frases pelo site da marca, que serão projetadas nos dias 23 e 24 de dezembro. A ação é das agências Borghi/Lowe e Tribo Interactive.
Internet
Como fazer tevê
A publicitária Sandra Freitas, com mais de 30 anos de experiência e que dirigiu a área de rádio e tevê da agência Z+/Havas, lançou o portal Como Se Faz.TV, voltado a integrar anunciantes, produtores, investidores e mídia para fazer curadoria e produção de conteúdo audiovisual para marcas. Um de seus projetos em andamento de branded content é um reality show de pesca, vendido para o canal de tevê por assinatura History Channel.
Campanha
Batalha de fotos
As estrelas esportivas Kobe Bryant e Lionel Messi se enfrentam mais uma vez em um comercial da Turkish Airlines. Agora, eles disputam quem tira a melhor foto própria em locais e situações exóticas. O primeiro comercial em que ambos apareciam juntos foi um dos mais vistos do mundo em 2012.
Bate-papo
Antonio Neto, vice-presidente de criação da Fischer
O executivo contratado depois da saída de diversos dos principais nomes e de perdas de grandes contas da agência tem a missão de resgatar a empresa. A seu favor está a experiência nos últimos 15 anos no mercado americano, inclusive na campanha presidencial do democrata John Kerry, em 2004, e na criação de sucessos fora da publicidade, como o programa infantil TV Colosso.
Como a Fischer vai se recuperar de 2013?
Foi uma época difícil para a empresa, que passou por dificuldades e perdeu clientes. Mas agora volta com uma filosofia de inovação e criação de conteúdo. Eduardo Fischer, controlador da empresa, já inventou muito no passado. A maneira tradicional de fazer publicidade morreu e agora ele retorna à inovação.
O que chamou sua atenção na volta ao Brasil?
Nos EUA, não vivi o choque da mudança para as novas mídias, que está fazendo sofrer as agências tradicionais brasileiras. Para elas, foi mais difícil abrir mão do negócio antigo, até por conta das características do mercado local. Quando se fala de campanhas em mídias sociais, a agência nacional não se interessa muito, porque não envolve bonificações e ela sabe que o cliente quer mesmo é aparecer na Rede Globo.
Como o sr. vê o futuro da publicidade brasileira?
Vejo gente muito boa fazendo campanhas digitais aqui. Em cinco anos, São Paulo estará entre os principais centros mundiais, como era na publi-cidade tradicional.
