NOVA YORK (Reuters) – A adolescente britânica Emma Raducanu, que surpreendeu o mundo do tênis com seu improvável título no Aberto dos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira que a conquista não apenas a pegou de surpresa, mas também agradou seus pais exigentes.

A jovem de 18 anos venceu a canadense Leylah Fernandez, de 19 anos, no sábado, para se tornar a primeira tenista oriunda do qualifying a ganhar um título de Grand Slam, depois de uma campanha de conto de fadas que ela nunca sonhou ser possível quando chegou a Nova York.

“Três semanas atrás, pensei que não duraria a viagem inteira. Pensei que estaria em casa uma semana após o qualifying”, disse Raducanu no programa matinal “Today”, da NBC.

Raducanu, cuja participação no US Open marcou apenas o segundo torneio de Grand Slam de sua carreira, venceu 10 partidas consecutivas em Flushing Meadows –incluindo três na fase de qualificação para conseguir entrar na chave principal– sem perder nenhum set.

O título, que elevou Raducanu 127 posições no ranking mundial para o número 23, também contribuiu muito para agradar sua mãe, a chinesa Renee, e seu pai, o romeno Ian.

“Eles eram muito exigentes comigo quando eu era mais nova, mas eles meio que mostraram o caminho e acho que isso agora está ajudando nos maiores palcos do mundo”, disse Raducanu durante participação no programa “Good Morning America”, da ABC News.

“Foi muito bom conversar com eles depois que ganhei. Eles ficaram muito felizes e orgulhosos de mim e são meus críticos mais duros, e muito, muito difíceis de agradar, mas eu os conquistei.”

A adolescente postou uma foto em sua conta do Instagram na segunda-feira, mostrando-a nas ruas de Nova York com um grande sorriso apontando para um anúncio da Nike em que ela estava comemorando.

Raducanu, que teve a rainha Elizabeth e as grandes do tênis Martina Navratilova e Billie Jean King entre aqueles que a parabenizaram pela vitória, disse que não deixará seu troféu do Aberto dos Estados Unidos fora de vista no voo para casa.

“Vai comigo bem ao meu lado”, disse.

(Reportagem de Frank Pingue, em Toronto)

tagreuters.com2021binary_LYNXMPEH8C0RX-BASEIMAGE