Por Amy Tennery

NOVA YORK (Reuters) – A cidade de Nova York assistirá a uma batalha de adolescentes na final feminina do Aberto dos Estados Unidos de tênis no sábado, já que a britânica Emma Raducanu se tornou a primeira tenista saída do pré-torneio classificatório a chegar à disputa de um título importante e enfrentará a canadense Leylah Fernández, após ambas deixarem gigantes pelo caminho.

A final no colossal Estádio Arthur Ashe será a primeira decisão de um grande torneio da Era Aberta, seja na chave feminina ou masculina, a contar com tenistas que não são cabeças de chave.

Ela também marcará a primeira final de Grand Slam a ser disputada por duas jogadoras tão jovens desde o confronto entre Serena Williams e Martina Hingis no Aberto dos EUA de 1999.

Raducanu, de 18 anos, e Fernández, que fez 19 anos nesta semana, ainda nem haviam nascido quando isso aconteceu.

“Nós nos encontramos pela primeira vez porque nasci em Toronto e ela era canadense, então nós meio que criamos um relacionamentozinho na época”, disse Raducanu, cujos pais se mudaram para a Inglaterra quando ela tinha dois anos.

Fernández foi a primeira a garantir vaga na final na quinta-feira ao derrotar a segunda cabeça de chave Aryna Sabalenka por 7-6(3), 4-6 e 6-4 na primeira semifinal.

“Como meu pai me dizia o tempo todo, não existe limite para o potencial do que posso fazer”, contou ela. “Todos os dias temos que trabalhar duro, temos que continuar lutando por isso.”

Raducanu, por sua vez, precisou de pouco tempo para assegurar o seu lugar na decisão, 84 minutos para derrotar a grega Maria Sakkari por 6-1 e 6-4 e se tornar a primeira britânica a chegar a uma final de Grand Slam desde Virginia Wade, em 1977 em Wimbledon. Ela chega à final sem perder sequer um set no torneio norte-americano, a primeira tenista a fazer isso desde a alemã Angelique Kerber em 2016.

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