O ministro Raimundo Carreiro, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), foi reconduzido a mais um ano de mandato à frente do tribunal. Pelo regimento da corte, o presidente do TCU é eleito por um ano, podendo ser reconduzido a mais um ano.

A recondução é uma tradição da casa, o que faz da votação pelos demais ministros um gesto apenas simbólico. Carreiro vai seguir à frente do TCU durante o ano de 2018.

A lista de sucessão prevê que o próximo presidente seja o ministro José Múcio Monteiro, que é o atual vice-presidente e o mais antigo da corte, que ainda não foi presidente. Múcio foi reeleito para a vice-presidência em 2018. A corte é formada por nove ministros e quatro ministros substitutos.

No mês passado, o TCU arquivou um processo administrativo aberto em 2015 para investigar suspeitas de tráfico de influência e acesso a informação privilegiada dentro da própria corte. Os alvos eram Raimundo Carreiro, o ministro Aroldo Cedraz, e o advogado Tiago Cedraz, filho deste.

A suspeita, originada na delação do ex-presidente da empreiteira UTC Ricardo Pessoa, era de que os três fariam parte de um esquema de corrupção que favoreceria a UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 no tribunal de contas.

A corte alegou ausência de provas. A proposta de arquivamento foi feita pelo relator, o vice-presidente José Múcio Monteiro, e não teve votos contrários no plenário do TCU.