As ações da Raízen desabavam 11% às 11h40 nesta quinta-feira, 14, após a divulgação do balanço do primeiro trimestre da safra 2025/26, com prejuízo de R$1,8 bilhão, enquanto a dívida líquida saltou para R$49,2 bilhões, de R$31,6 bilhões um ano antes.

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“Com um custo líquido da dívida de R$1,6 bilhão no trimestre (R$6,2 bilhões anualizados), a Raízen precisa acelerar o processo de desalavancagem”, afirmaram analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes.

“Ajustar o capex, reduzir o negócio de trading e desinvestir em ativos não essenciais são passos positivos, mas provavelmente não serão suficientes”, acrescentaram.

Nesse contexto, Thiago Duarte e Guilherme Guttilla afirmaram ter visto com “bons olhos” a mensagem da companhia de que segue avaliando de forma proativa, com seus acionistas controladores, a possibilidade de um potencial aumento de capital.

A equipe do BTG também manteve a recomendação de compra para as ações, citando que mesmo uma pequena melhoria no fluxo de caixa livre (FCF) poderá desbloquear uma valorização significativa dos papéis.

Na divulgação do balanço, a Raízen, maior produtora global de etanol e açúcar de cana, citou o aumento das despesas financeiras em razão do maior saldo de dívida e da taxa média do CDI como um dos componentes de pressão no resultado. A alavancagem sob a métrica dívida líquida/Ebitda ajustado passou de 2,3 vezes para 4,5 vezes.