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CAMPEÕES: depois de cinco horas de prova, a equipe Bailune comemora a vitória

 

A história da família Bailune é escrita com uma dose de emoção e muita lama. Empresários do ramo têxtil de Itaipava, cidade serrana do Rio de Janeiro, Edson e Márcia trocam qualquer programa tradicional de final de semana para acampar no meio do mato ou colocar o carro nas trilhas de terra. Aventureiros por natureza, o gosto foi dividido com os filhos Frederico, 25; Felipe, 23; e Fábio, 22. Eles, por sua vez, estenderam esse prazer familiar e o gosto pela poeira para as namoradas. Juntos, percorrem milhares de quilômetros anualmente a bordo das Mitsubishi L200 e Pajero Full em busca de adrenalina. O destino normalmente são as etapas do Mitsubishi Outdoor, competição da montadora japonesa que une elementos de rali, planejamento em equipe e uma pitada de esportes de aventura. Na semana passada, na etapa realizada em Curitiba, eles aproveitaram todas essas sensações com um ingrediente a mais: a vitória. “Minha alegria seria a mesma se estivesse chegado em segundo ou em quinto lugar”, diz Edson Bailune.

 

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O exemplo da família Bailune serve para mostrar o sucesso do rali organizado pela Mitsubishi. O objetivo do evento não é apenas criar uma competição, mas sim fidelizar o cliente. “No longo prazo é uma das melhores estratégias que uma empresa pode adotar”, diz José Roberto Martins, diretor da consultoria Global Brands. A marca, que organiza o evento há 12 anos, conseguiu criar uma comunidade de consumidores fiéis. Além dos carros, eles usam camisetas, bonés, jaquetas e tudo quanto é apetrecho que leve o logotipo da montadora. Na etapa de Curitiba, por exemplo, 67 carros participaram da categoria Outdoor e 234 da Motorsport Sudeste, um rali de velocidade. “O importante nesse evento é unir a família e se divertir”, afirma Márcia Bailune, a matriarca do clã que venceu os oponentes com uma vantagem apertada de 100 pontos.

 

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O Mitsubishi Outdoor não é mesmo feito para competidores profissionais. Os carros são de série, sem nenhuma modificação para competição e custam entre R$ 72 mil e R$ 177 mil. O único requisito é ter a tração 4 x 4. A velocidade é baixa e há muitos obstáculos no meio do caminho. Nesse projeto da marca japonesa, o ponto principal é a integração entre os dois carros de uma equipe, que não podem ficar separados por mais de 100 metros. Famílias normalmente gostam de participar dessa imensa gincana com cara de caça ao tesouro. “As equipes fazem uma investigação da região, passando pelas belezas naturais e traços culturais”, diz Fernando Gualberto, diretor da prova. No evento de Curitiba, as equipes rodaram 200 quilômetros. Mas isso só foi possível porque, uma semana antes, os funcionários da Mitsubishi percorreram 3,8 mil quilômetros para traçar a rota ideal. É o trabalho duro por trás da diversão criada para agradar os clientes da montadora.

 

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PLANEJAMENTO O clã traça estratégia para vencer a competição, que inclui dança, corrida de bicicleta e aventura