São Paulo, 25 – A Ramax-Group deu mais um passo em sua estratégia de expansão ao iniciar operações em duas novas unidades frigoríficas no Brasil. A planta de abate em Cachoeira Alta (GO) e a unidade de desossa em Fernandópolis (SP) já estão em funcionamento, anunciou a empresa em nota. “Realizamos estudos e pesquisas de mercado em busca de unidades frigoríficas que possam ser transformadas e habilitadas para se tornar grandes indústrias de carne”, afirmou o CEO Magno Maia, na nota.

Segundo ele, a planta de Cachoeira Alta ilustra bem essa estratégia. Com capacidade de abate inicial entre 150 e 200 animais por dia, a unidade rapidamente dobrou esse volume sob gestão do grupo, com projeção de atingir até 700 abates diários. A expectativa de faturamento é de R$ 80 milhões por mês. Cerca de 70% da produção será voltada à exportação, enquanto o restante abastecerá o mercado interno com cortes valorizados como picanha, alcatra, contrafilé e filé mignon.

A planta goiana já está habilitada para exportar ao Chile e a países do Oriente Médio. O grupo agora busca habilitações para Estados Unidos, Indonésia, Japão e China. “Nosso objetivo é fechar 2025 enviando carne aos norte-americanos. Para 2026, trabalhamos com forte expectativa de acessar Indonésia e Japão, além da China”, disse Maia. Com o terceiro maior rebanho bovino do País, Goiás foi uma escolha estratégica para a nova operação, afirmou a empresa na nota. Segundo o IBGE, o Estado possui cerca de 24 milhões de cabeças de gado, com predominância da pecuária de corte.

Já a unidade de Fernandópolis é responsável pela desossa da produção excedente de Cachoeira Alta e da planta de Rondon (PA), processando atualmente cerca de 55 toneladas de carne bovina por dia – o equivalente a 1.200 toneladas por mês. O frigorífico atende o mercado da Palestina e opera hoje com 50% da capacidade instalada. A expectativa é expandir a produção assim que pendências jurídicas forem resolvidas.

As duas novas plantas fazem parte de um plano mais amplo de crescimento da empresa. O objetivo do grupo é operar com cinco frigoríficos até o fim de 2025, incluindo novas unidades previstas para Mato Grosso e Pará.