Depois de fechar 2022 com crescimento de 21% e faturamento de US$ 293,1 milhões, um avanço de 8% sobre 2021, a israelense Ituran, especializada em rastreamento e proteção veicular, vai acelerar seus negócios em compartilhamento de carros. Em entrevista à MOEDA FORTE, Paulo Henrique Andrade, CEO da IturanMob, contou seus planos:

Por que a empresa decidiu apostar nesse segmento de locação?
A experiencia de alugar um carro é mesma desde os anos 80. Não há dúvidas que esse mercado precisa ser digitalizado. A IturanMob criou uma plataforma totalmente WhiteLabel com uma experiencia fluída onde qualquer pessoa consegue alugar um carro ou moto com total segurança. Nossa tecnologia possui bluetooth criptografado, assim como antifraude no ato da locação do veículo e, também, está incluso no comodato do IOT o serviço de pronta resposta da Ituran, onde uma apropriação indébita, roubo ou furto será mitigado através dos 8 mil agentes em todo solo brasileiro. Hoje já fornecemos tecnologia para quase 100% das iniciativas de mobilidade e locadoras digitais.

Qual o potencial?
Nossa tecnologia está destravando o tema mobilidade aqui no Brasil e em alguns países de atuação da Ituran. Por aqui já foram instalados no primeiro ano de atuação da nova marca mais de 1,4 mil dispositivos em motos e carros, e nasceram mais de 11 novas marcas [locadoras e plataformas], todas baseadas nos serviços digitais da IturanMob. Nossa perspectiva é de que mais de 4 mil sejam instalados neste ano.

Alugar em vez de comprar é uma tendência?
Toda vez que um carro, moto ou caminhão fica mais caro, ou o crédito fica limitado, tecnologias como a nossa se tornam inclusivas. Além disso, as novas gerações não querem mais ficar na fila para alugar um carro ou uma moto. Com isso novos serviços têm surgido em aeroportos, supermercados e condomínios gerando facilidade no ato de alugar um carro ou moto, muitas pessoas optaram por ter somente um carro na família, sendo o segundo um carro compartilhado no condomínio, atendendo a várias famílias em horário diferentes.

(Nota publicada na edição 1318 da Revista Dinheiro)