17/04/2017 - 12:25
O economista Raul Velloso declarou nesta segunda-feira, 17, que há um regime “eivado de privilégios” na Previdência dos servidores públicos. Durante seminário para discutir “os caminhos” para a reforma, Velloso defendeu que haja contribuição extraordinária para a Previdência dos servidores.
“Por que não dar foco à Previdência dos servidores?”, questionou. O economista, especialista em contas públicas, lembrou o caso do governo do Rio de Janeiro, que tentou, de maneira “quase suicida”, aprovar uma contribuição extraordinária de 22% do salário na Assembleia Legislativa.
Velloso alertou que a reforma das regras para aposentadorias dos servidores estaduais está “sem pai, nem mãe”. No mês passado, o presidente Michel Temer se comprometeu pessoalmente com a retirada desses funcionários públicos do texto da reforma para tentar aumentar a aceitação da proposta entre as bancadas da base aliada.
Como alternativa, está em estudo uma ideia de estabelecer um prazo de seis meses para que os próprios Estados aprovem suas “reformas da Previdência”, o que é considerado difícil diante dos obstáculos políticos que muitos governadores já enfrentam. Depois desse prazo, passariam a valer as regras aprovadas para a União.