04/03/2022 - 10:09
O disparo de bombas de tanques russos contra a fábrica ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, causou preocupação e indignação no mundo na sexta-feira (4).
– AIEA –
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu “cessar o uso da força” contra a usina nuclear de Zaporizhzhia e alertou para o perigo “grave” se um reator for atingido.
“É uma situação sem precedentes” e “continua extremamente tensa e difícil”, enfatizou o diretor da AIEA, Rafael Grossi, apesar de “os sistemas de segurança dos reatores não terem sido afetados” e os instrumentos de controle dos níveis de radiação estão “totalmente operacionais”.
– OTAN –
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou a “irresponsabilidade” da Rússia na sexta-feira.
“O ataque a uma usina nuclear mostra a irresponsabilidade desta guerra e a necessidade de acabar com ela”, afirmou.
– Ucrânia –
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou nesta sexta-feira Moscou de recorrer ao “terror nuclear” e querer “repetir” a catástrofe de Chernobyl, referindo-se ao acidente nuclear de 1986 naquele país.
“Nenhum outro país, exceto a Rússia, jamais atirou em usinas nucleares. Esta é a primeira vez em nossa história, a primeira vez na história da humanidade. Este Estado terrorista está agora recorrendo ao terror nuclear”, disse ele em um vídeo divulgado pela presidência ucraniana.
– Reino Unido
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson denunciou as “ações irresponsáveis” do presidente russo Vladimir Putin, que podem “ameaçar diretamente a segurança de toda a Europa” e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU “nas próximas horas”.
Seu ministro da Defesa, Ben Wallace, acusou Putin de “brincar com fogo… além de (não ter) toda lógica ou necessidade”.
“É incrivelmente perigoso. Não é perigoso apenas para a Ucrânia e os russos, é perigoso para a Europa”, completou.
– Itália –
O chefe de governo italiano, Mario Draghi, condenou “o ataque desonesto da Rússia à usina nuclear de Zaporizhzhia, um ataque à segurança de todos”.
“A União Europeia deve continuar a agir com unidade e com a maior firmeza, junto com seus aliados, para apoiar a Ucrânia e proteger os cidadãos europeus”, afirmou.
– Noruega –
“Um ataque desse tipo é uma loucura”, reagiu o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre, expressando sua “forte condenação”.
O chefe da diplomacia Anniken Huitfeldt enfatizou que “é profundamente irresponsável que os combates ocorram perto de tal instalação”.
– Greenpeace
A ONG de defesa do Meio Ambiente disse estar “profundamente preocupada” e acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de “correr o risco de uma catástrofe nuclear” depois de ter “lançado uma guerra ilegal contra o povo da Ucrânia”.
O Greenpeace pediu um cessar-fogo no local da usina e insistiu que “deve ser a última vez que o exército russo é visto perto de usinas nucleares na Ucrânia”.
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