28/09/2022 - 3:55
Fazer transferência off-line, agilizar processos de compra e venda de imóveis e facilitar pagamentos internacionais estão entre os nove projetos selecionados pelo laboratório de inovação do Banco Central (BC) que trabalha em soluções para o real digital, que deve ser lançado em 2024.
O real digital é uma representação virtual da moeda que circula na economia brasileira. O projeto surgiu na esteira global: o crescimento das criptomoedas instigou bancos centrais de todo o planeta a desenvolverem suas próprias moedas digitais.
+ Corretora de criptomoedas FTX compra ativos da Voyager Digital
Os primeiros projetos foram selecionados com os trabalhos do Lift Challenge realizado pela Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) em conjunto com o BC começaram neste mês e reúnem projetos de várias instituições, como Itaú, Santander, Tecban, Visa e Mercado Bitcoin.
O Real Digital terá o mesmo valor e poderá ser livremente convertida em depósitos bancários, no papel-moeda e poderá ser utilizada em compras, pagamento de contas e transferências pessoais, assim como o real convencional. A principal diferença é que ela poderá ter novas funções que estão sendo desenvolvidas, ampliando aplicações que não são possíveis com o real “convencional”.
A intenção, segundo Rodrigoh Henriques, diretor de inovações financeiras da Fenasbac, é que ao final do período do Lift em fevereiro do ano que vem, as propostas alcancem o estágio de um Mínimo Produto Viável (MVP, na sigla em inglês), ou seja, um produto que entrega o que promete, apesar de não estar completo.
“Ele ainda não é o produto, ele ainda não foi lançado, mas a sensação é que, mesmo não estando completo, se eu lançasse amanhã alguém ia se beneficiar. As pessoas iam dizer, pode melhorar aqui, ali, mas ele está funcionando”, disse.