08/11/2023 - 13:05
O presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, afirmou que a empresa “recepcionará” qualquer demanda que for feita na Justiça ao ser questionado sobre a decisão da Prefeitura de São Paulo, que anunciou na manhã desta quarta-feira (8) que ingressará na Justiça com ação civil pública contra a empresa.
Segundo o município, a medida foi tomada por conta do descumprimento do prazo acordado inicialmente entre a companhia e demais autoridades na última segunda-feira, 6, de que a situação estaria resolvida nesta terça-feira, dia 7. Até as 10 horas desta quarta, cerca de 11 mil imóveis ainda estavam sem energia.
O executivo afirmou que a empresa se desculpa pelo ocorrido, mas que o evento que causou a interrupção foi “excepcionalíssimo” e lembrou que o setor elétrico brasileiro é de competência da União, que a exerce seja por meio de leis federais, seja por meio da regulação feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Xavier disse ainda que a resposta da empresa diante do evento foi “forte e imediata” e demandou “logística de guerra”. Ele reconheceu que a situação afeta o “humor e a percepção do serviço” prestado pela companhia, mas disse ser preciso “separar a emoção, que é absolutamente justificável, de fatos e dados”.
Em entrevista coletiva, ele destacou também a melhoria dos indicadores de qualidade desde que a companhia assumiu a empresa, em 2018. O Estadão/Broadcast mostrou que, apesar do avanço, a companhia ficou no levantamento mais recente atrás de empresas como a Light, do Rio, as distribuidoras da Bahia (antiga Coelba) e de Pernambuco (ex-Celpe), além de várias empresas que atendem o Estado de São Paulo, incluindo Elektro, EDP São Paulo, CPFL Paulista e a CPFL Santa Cruz, que liderou a lista.