De janeiro a julho deste ano, a arrecadação federal com atividades e explorações de jogos de azar e apostas somou R$ 4,7 bilhões, segundo a Receita Federal, dos quais R$ 2,1 bilhões foram via loterias e o restante é decorrente de impostos e contribuições.

Questionado sobre a previsão de arrecadação para este ano, o coordenador de Previsão e Análise da Receita, Marcelo Gomide, respondeu: “A projeção normalmente a gente só faz para aquilo que nós chamamos de arrecadação para destinações legais, aquilo que está classificado naquilo que eu chamo, de forma laica, ou seja, sem muito critério científico, de loterias.”

Ainda assim, o coordenador ponderou que, dado o comportamento da arrecadação do setor até julho, o número do recolhimento a título de impostos e contribuições e de loterias, “deve ser perto do dobro desse que a gente está apresentando agora R$ 4,7 bilhões”.

Gomide lembrou que houve alteração recente e que o efeito disso vai ser sentido a partir de novembro deste ano. “A gente está considerando que o recolhimento começa em novembro”, explicou.

No mês passado, foram arrecadados R$ 928 milhões com a exploração de jogos de azar e apostas, ante R$ 8 milhões recolhidos no mesmo mês de 2024 e R$ 764 milhões, em junho de 2025. A diferença é explicada pelo fato de que a atividade de jogos não estava regulamentada no País em junho do ano passado.

A arrecadação obtida com as apostas está vinculada à alíquota de 12% aplicada sobre a receita bruta dos jogos, conhecida como GGR. A medida provisória (MP) que substitui parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), publicada em junho, aumenta essa alíquota para 18%.