A Ambev registrou uma alta de 0,9% na receita líquida de cerveja no Brasil no quarto trimestre do ano passado sobre igual período de 2017, que somou R$ 3,764 bilhões. Segundo a empresa, a expansão foi suportada por uma alta na ROL/hl de 3,1%, que ficou “ligeiramente abaixo da inflação para o período, já que a elevação dos preços foi compensada pelo mix geográfico”, informou no relatório de administração que acompanha o balanço.

De acordo com o documento, apesar de um decréscimo no volume de 2,1%, houve um resultado “acima do desempenho do mercado, de acordo com nossas estimativas”. “O CPV e o CPV/hl, excluindo depreciação e amortização, cresceram 25,2% e 27,9%, respectivamente, impactados principalmente pelos preços das commodities, especialmente do alumínio e da cevada, e por uma base comparativa desfavorável sobre o quarto trimestre de 2017 marginalmente compensada por uma taxa de câmbio favorável”, afirmou.

“O mercado consumidor do País foi mais desafiador no início do trimestre, porém começamos a enxergar uma tendência de melhora sequencial em novembro e dezembro”, acrescentou a empresa.

A operação Cerveja Brasil apresentou uma queda 0,6% no Ebitda ajustado, para R$ 3,764 bilhões, com uma margem de 50,4%, representando uma retração de 0,8 ponto porcentual na margem. O lucro bruto somou R$ 4,853 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 7,7% inferior a do mesmo intervalo de 2017, com uma margem bruta de 65%, queda de 6 pontos porcentuais.

De acordo com a companhia, a retração na margem Ebitda foi impactada principalmente por preços de commodities, especialmente alumínio e cevada, e por uma difícil base de comparação com o quarto trimestre de 2017, “marginalmente compensados por uma taxa de câmbio favorável e uma redução de SG&A (despesas gerais e administrativas).”

Bebidas não alcoólicas

No segmento de bebidas não alcoólicas no Brasil (NAB Brasil), a receita líquida diminuiu 9,1% no quarto trimestre sobre mesmo intervalo de 2017, para R$ 1,178 bilhão, mas com aumento na ROL/hl de 0,8%. O CPV e o CPV/hl, excluindo depreciação e amortização, aumentaram 19,0% e 31,9%, respectivamente.

Em termos de volume, a Ambev reportou uma retração de 9,8%, “maior do que da indústria, que apresentou queda de um dígito médio, de acordo com nossas estimativas”.

O Ebitda ajustado das operações NAB Brasil somou R$ 1,413 bilhão, representando uma alta de 5,1%, com uma alta de 2,1 pontos porcentuais na margem. Já o lucro bruto subiu 8,4%, para R$ 2,003 bilhões, com uma margem bruta de 52,7% (+4,6 p.p.)

“Apesar dos desafios deste mercado, continuamos investindo na expansão do premium, com as marcas Lipton, Tônica e Gatorade. O segmento premium correspondeu a mais de 13% do nosso volume total de NAB no trimestre”, escreveu a empresa.