A Receita Federal está cobrando uma dívida de R$ 17 milhões do senador Ciro Nogueira, que foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Casa Civil.

De acordo com O Globo, os autos de infração que apontam os débitos foram lavrados nos anos de 2017 e 2018. Entre eles tem um por suposto pagamento de propina de R$ 6,4 milhões pelas empresas JBS e UTC, que está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Para os auditores fiscais, houve omissão dos conhecimentos e, por isso, deve ser feito o recolhimento dos impostos correspondentes aos cofres públicos. A reportagem cita ainda um caso de transações financeiras envolvendo empresas do senador que não teriam sido devidamente declaradas.

As transações indicariam que houve sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Foram encontrados, por exemplo, 20 depósitos em dinheiro vivo na conta do senador em 2014, totalizando cerca de R $ 60 mil. O relatório divulgado pelo jornal do Rio mostra que a Receita pediu esclarecimentos ao senador sobre a origem dos recursos, mas não seria conhecida.

Notas fiscais de compras e serviços pagos pelo senador também foram avaliadas pela Receita, que percebeu um pagamento recorrente em dinheiro vivo. Um deles foi o depósito para uma empresa de automóveis.

Além disso, as compras de imóveis feitas pelas empresas de Nogueira também foram analisadas e os auditores destacaram que uma escritura registrava o valor de R$ 1 milhão na compra de um imóvel, mas os auditores constataram que o valor real pago teria sido de R $ 2,2 milhões.