25/09/2025 - 13:02
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o órgão publicará normativa para identificar o beneficiário final pessoa física na cadeia de fundos, visto que ainda existem muitas brechas para o crime organizado. “Os administradores de fundos de investimentos terão que identificar quem é a pessoa física final da cadeia dos fundos exclusivos, aqueles com poucos cotistas, como observamos na Operação Carbono Oculto”, afirmou.
De acordo com Barreirinhas, a medida da Receita, que está em conformidade com as melhores práticas do mundo, será discutida em breve com integrantes do mercado.
Ainda segundo o secretário da Receita, com os desdobramentos observados hoje, a avaliação é de que a infiltração do crime organizado é muito mais profunda do que aparentava na Operação Carbono Oculto. As afirmações foram feitas nesta manhã durante a coletiva da Operação Spare, na sede do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
Na coletiva, foi apontado que o elo em comum entre as operações Carbono Oculto e Spare, que investigam a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado formal, é uma fintech. Adicionalmente, uma medida cautelar fiscal garantiu o bloqueio de R$ 7,7 bilhões em bens de 55 réus envolvidos nas investigações.
Nesta quinta, 25 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.
Participam da operação 64 servidores da Receita Federal e 28 do MPSP, além de representantes da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP) e cerca de 100 policiais militares.