Por Marta Nogueira e Fabio Teixeira

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A recompra da refinaria de petróleo de Mataripe, na Bahia, não é prioridade para a Petrobras, que vê o “negócio como outro qualquer”, afirmou nesta sexta-feira a presidente da petroleira, Magda Chambriard.

A unidade, que responde por cerca de 14% da capacidade de refino de petróleo do Brasil, foi vendida pela Petrobras ao final de 2021, no governo Bolsonaro, durante o qual a petroleira vendeu diversos ativos enquanto focava seus investimentos em campos de petróleo e gás de alta rentabilidade.

“A gente tem aqui centenas de propostas submetidas à Petrobras que estão sendo analisadas, negócios de todos os tipos, de todas as cores. E nós, então, temos a obrigação de avaliar em caso de se julgar um negócio minimamente interessante”, disse Chambriard, durante coletiva de imprensa sobre os resultados trimestrais.

Chambriard lembrou que foi o grupo Mubadala, dono da refinaria, quem fez a proposta à Petrobras.

“A Rlam (como se chamava antes da venda) não é a minha prioridade. A Rlam é um negócio proposto para a Petrobras como outro qualquer… Por enquanto, eu brinco com o grupo que eu estou aceitando doação”.

Mais cedo, em conferência com analistas também sobre os resultados, diretores da companhia afirmaram que negociações com o Mubadala para uma eventual decisão de recomprar uma participação ou a totalidade da Refinaria de Mataripe “estão indo bem”, e que a decisão final observaria o melhor retorno aos acionistas.

“Nós estamos terminando o processo de ‘due diligence’, ‘evaluation’, evidentemente analisando toda a questão da realidade econômica do retorno, o processo de integração, a sinergia com todo o nosso refino para que a gente possa, no momento certo, então fazer a proposta para o grupo Mubadala”, afirmou o diretor Executivo de Processos Industriais e Produtos, William França.

 

(Por Marta Nogueira e Fábio Teixeira)