A Recovery, empresa de recuperação de créditos que é controlada pelo Itaú, registrou 999.361 acordos de renegociação de dívidas nos primeiros 30 dias do Desenrola, o programa de repactuação criado pelo governo federal, e que começou no dia 17 de julho. Ao todo, a empresa fez acordos que somam R$ 772,9 milhões em dívidas renegociadas.

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A companhia não faz parte do Desenrola na primeira fase, que envolve somente bancos e instituições financeiras. Entretanto, afirma que a divulgação do programa levou a um aumento na procura por renegociação de créditos.

Ao todo, 62% do total de dívidas renegociadas pela Recovery entre 17 de julho e 17 de agosto estavam prescritas, ou “caducadas”. Ou seja, estavam vencidas há mais de cinco anos, e não poderiam mais ser cobradas judicialmente, embora não tivessem deixado de existir, com pendência para o CPF do portador e a incidência de juros.

“Para evitar esse crescimento da dívida, o melhor caminho é firmar um acordo com a instituição para a qual se deve. A prescrição significa somente que o credor perde o direito de cobrar judicialmente aquela dívida e que esta não mais negativa o CPF de um inadimplente”, diz em nota a diretora de produtos diretos ao consumidor, marketing e atendimento ao cliente da Recovery, Marcela Gaiato Martins.

O montante de dívidas prescritas renegociadas pela empresa foi de R$ 362,9 milhões. A companhia afirmou que entre o primeiro mês do programa e o mês anterior, houve um aumento de 29% no valor total renegociado das dívidas já prescritas, e de 21% no número de clientes que buscaram renegociar débitos que possuíam há mais de cinco anos.