A rede social X, anteriormente Twitter, anunciou, nesta quinta-feira (13), que decidiu tornar privadas as “curtidas” dos usuários, em um esforço para proteger sua privacidade e aumentar as interações.

Com a mudança, segue visível a quantidade de “curtidas” recebidas por uma publicação, mas não de quais usuários vieram. Também será eliminada dos perfis a aba que mostrava o histórico de “curtidas” dadas, dificultando o rastreamento das preferências, como inclinações políticas, de cada um.

As modificações são anunciadas em um momento em que a plataforma vem se tornando um terreno fértil para conteúdos ligados à direita, desde sua compra pelo bilionário Elon Musk em 2022.

“Estamos tornando as curtidas privadas para todos, para melhor proteger sua privacidade”, afirmou o X a seus usuários. “Curtir mais posts vai melhorar seu feed ‘Para você'”, acrescentou.

Essa seção mostra uma lista personalizada de publicações recomendadas a cada usuário de acordo com seus interesses e as interações que teve no passado.

“É importante permitir que as pessoas curtam posts sem que sejam atacadas por isso!”, disse Musk em uma publicação. Em outra, afirmou que houve um “enorme aumento” de “curtidas” no X desde que ficaram privadas.

Antes da introdução das alterações, o chefe de engenharia da rede social, Haofei Wang, havia dito que o caráter público das “curtidas” estava “incentivando um comportamento equivocado”.

“Muitas pessoas se sentem desencorajadas de curtir conteúdos que possam ser provocadores por medo de retaliações de trolls ou para proteger sua imagem pública”, argumentou.

Desde que comprou o Twitter por 44 bilhões de dólares (R$ 215 bilhões, na cotação da época) em outubro de 2022, Musk reduziu a moderação de conteúdo e reativou contas que haviam sido banidas, muitas delas populares entre a extrema direita.

As mudanças causaram uma queda nas interações, segundo métricas normalmente utilizadas na indústria, embora o X use outras medidas e afirme que a plataforma está crescendo.