Pesquisa elaborada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) mostra que, embora 71% dos micro e pequenos empresários saibam da existência da reforma trabalhista, apenas 15% deles, de fato, estão bem informados sobre as mudanças que ela provocou na legislação. A pesquisa foi coletada pelo DataFolha no mês de julho e foi feita com 302 micro e pequenos industriais do estado de São Paulo, com margem de erro de seis pontos percentuais e indíce de confiança de 95%.

Segundo a pesquisa, 29% dos empresários entrevistados admitiram desconhecer a reforma e 11% disseram ter poucas informações sobre ela. Essa falta de informação sobre o tema, de acordo com o Simpi, impacta também na perspectiva do empreendedor sobre a reforma: 42% dos entrevistados disseram que a reforma trabalhista não deve trazer prejuízos nem beneficiar seus negócios.

A aprovação da lei da terceirização também é desconhecida pela maior parte dos micro e pequenos industriais paulistas. Apenas 16% disseram ter conhecimento sobre a terceirização.

Avaliação da economia

A pesquisa divulgada pelo Simpi mostrou ainda a percepção dos empresários paulistas sobre a economia do país. O indicador bimestral de expectativa econômica demonstrou que 30% dos empresários acreditam que a situação econômica vai melhorar nos próximos três meses, valor inferior ao de maio, quando o índice alcançou 40%. Pouco mais da metade dos entrevistados (53% do total) acreditam que a inflação continuará igual.

A previsão de aumento do desemprego para os próximos três meses caiu na comparação entre as pesquisas feitas em maio e julho, passando de 31% para 26%. Na mesma comparação, caiu o número de empresários que acredita que o poder de compra vai crescer, passando de 13% para 11%.

A pesquisa mostrou também que caiu a percepção dos entrevistados de que a crise econômica ainda é forte, afeta os negócios e não há previsão de retomada de crescimento, passando de 71% em junho para 62% em julho, e o índice de empresários que avaliam que a crise está mais fraca subiu de 27% para 36% .

A taxa das empresas que sofreram com inadimplência passou de 44% em julho para 40% em julho, os resultados mais baixos desde março de 2015.