27/01/2021 - 20:08
O tratamento com anticorpos sintéticos da Regeneron continua eficaz contra as variantes britânica e sul-africana da covid-19, anunciou a empresa de biotecnologia americana nesta quarta-feira (27).
A variante brasileira ainda está em estudo, embora seja semelhante à britânica, acrescentou a empresa.
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O coquetel de anticorpos, usado para tratar o ex-presidente Donald Trump, foi liberado com urgência pela Agência de Medicamentos dos Estados Unidos no final de novembro. É indicado para pessoas que desenvolveram sintomas leves ou moderados de covid-19 e estão em alto risco de apresentar uma forma grave da doença.
O REGEN-COV, composto de “dois anticorpos neutralizantes” chamados imdevimab e casirivimab, “manteve sua potente capacidade neutralizante contra a variante britânica B.1.1.7” e “contra a variante sul-africana B.1.351”, revelou a empresa em um comunicado. Já em relação à variante sul-africana, um dos dois anticorpos, o casirivimab, viu sua “potência reduzida”.
Cientistas da Universidade de Columbia chegaram às mesmas conclusões e seu estudo foi revisado por pares.
“Esses dados validam nossa abordagem de coquetel de anticorpos múltiplos”, disse George Yancopoulos, presidente e diretor científico da Regeneron.
“Com dois anticorpos complementares em um tratamento, mesmo que sua potência seja reduzida, o risco do coquetel perder sua eficácia é significativamente reduzido”.
“Temos centenas de anticorpos neutralizantes poderosos em nossos laboratórios que podem formar novas combinações que podem ser úteis contra futuras variantes”, acrescentou.
As variantes são versões diferentes do coronavírus original, aparecendo com o tempo devido a várias mutações, um fenômeno natural na vida de um vírus.
Mas a mutação observada na variante que surgiu na África do Sul é de particular interesse para os cientistas por causa de sua capacidade de contornar medicamentos desenvolvidos.
Até 26 de janeiro, 308 casos da variante britânica e um caso da variante brasileira foram confirmados nos Estados Unidos, disse Rochelle Walensky, futura diretora dos Centros de Controle de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública do país.
Nenhum caso da variante sul-africana foi confirmado no país.