03/07/2020 - 15:21
Com a piora na taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento de casos de coronavírus, a região de Campinas, no interior paulista, terá que retroceder de fase, voltando à fase 1-vermelha, de alerta máximo, do Plano São Paulo a partir da próxima segunda-feira (6).
Campinas estava na fase 2-laranja e podendo abrir os comércios de ruas, os shoppings e as concessionárias. Agora, com a determinação do governo estadual, a região voltará à quarentena, só podendo abrir os serviços considerados essenciais, como logística, abastecimento, segurança e saúde.
Na semana passada, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, responsável pelas diretrizes do Plano São Paulo, já havia dado a recomendação para que a cidade de Campinas voltasse a fechar os estabelecimentos comerciais previstos na fase laranja. Mas agora, com a piora do indicador, o Centro determinou que todos os municípios da região de Campinas voltem para a fase vermelha.
“Hoje, devido à capacidade hospitalar da região, ela [a região de Campinas] entra para a fase vermelha”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional. A taxa de ocupação média de leitos de UTI da região está atualmente em torno de 80%.
Hoje (3), o prefeito de Campinas, Jonas Donizete, já havia anunciado a volta da região para a fase vermelha. “Campinas foi reclassificada para a fase vermelha, pelas regras do estado, e voltará a funcionar com os serviços essenciais. Embora estivéssemos na fase laranja, já havíamos restringido o funcionamento do comércio”, disse o prefeito.
Segundo a prefeitura, os estabelecimentos que não cumprirem as regras previstas, seja por abertura indevida ou por não respeitar as regras sanitárias, poderá ser multado em R$ 1.446,44. Em caso de reincidência, a multa dobra, e na terceira autuação o estabelecimento é fechado enquanto durar a quarentena. Um decreto com o detalhamento das atividades essenciais que poderão funcionar em Campinas será publicado em edição extraordinária neste sábado (4).
Além de Campinas, permanecem na fase vermelha, de máxima restrição, as regiões paulistas de Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba.
Já na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo. A fase laranja libera funcionamento com 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias.
Além disso, há três regiões na fase amarela: a capital paulista e duas sub-regiões metropolitanas, que compreende a região do ABC e a de Taboão da Serra. A fase amarela libera a reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade e expediente diário de até seis horas.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase.