14/11/2022 - 16:47
LONDRES (Reuters) – O rei Charles pediu ao Parlamento britânico nesta segunda-feira que altere a lei para permitir que mais dois de seus irmãos atuem em seu nome durante sua ausência, adicionando-os a um grupo que atualmente inclui seu irmão em desgraça, o príncipe Andrew.
Em uma declaração em seu nome lida na Casa dos Lordes, a câmara alta do Parlamento, Charles, que nesta segunda-feira completou 74 anos, pediu que o número de Conselheiros de Estado fosse ampliado para incluir sua irmã, a princesa Anne, e o irmão mais novo, o príncipe Edward.
Os conselheiros, que podem atuar em nome do monarca em sua ausência na realização de todas as funções, exceto as mais importantes, como nomear um novo primeiro-ministro, são selecionados entre sua esposa e os quatro adultos seguintes na linha de sucessão ao trono.
Atualmente, isso significa que, além da esposa de Charles, Camilla, e de seu filho mais velho e herdeiro, o príncipe William, o grupo compreende o filho mais novo do rei, o príncipe Harry, o príncipe Andrew, e a filha mais velha de Andrew, a princesa Beatrice.
Isso tem gerado críticas por parte de alguns comentaristas porque nem Andrew nem Harry desempenham mais funções oficiais da realeza.
Andrew foi destituído da maioria de seus títulos e afastado dos deveres reais devido a um escândalo em torno de sua amizade com o falecido financista norte-americano Jeffrey Epstein, um agressor sexual condenado, e mais tarde ele fez um acordo em processo nos EUA no qual foi acusado de abuso sexual.
Enquanto isso, Harry deixou os deveres reais em 2020 e se mudou para a Califórnia com sua esposa Meghan.
“Para garantir a eficiência contínua dos negócios públicos quando eu não estiver disponível, como quando estou desempenhando funções oficiais no exterior, confirmo que ficaria mais satisfeito se o Parlamento considerasse adequado que o número de pessoas que podem ser chamadas para atuar como Conselheiros de Estado… fosse aumentado para incluir minha irmã e meu irmão”, disse o comunicado do rei.
A mudança exigirá que o Parlamento britânico altere os termos da Lei de Regência.
(Reportagem de Michael Holden)