09/07/2021 - 9:55
O governo britânico anunciou, nesta sexta-feira (9), que espera apresentar “nas próximas duas semanas” seus planos para permitir que as pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 no exterior possam viajar para o Reino Unido sem necessidade de quarentena, como os residentes britânicos.
O Executivo de Boris Johnson anunciou nesta quinta-feira que, até o momento, apenas os residentes britânicos que receberam duas doses da vacina na campanha de imunização do Reino Unido estariam isentos de quarentena, a partir de 19 de julho, ao retornarem de países da denominada “lista âmbar”, que inclui destinos turísticos como Espanha, França e Itália.
O anúncio gerou dúvidas sobre o que aconteceria com os expatriados britânicos ou os estrangeiros vacinados em outros países.
“É algo em que estamos trabalhando muito ativamente”, afirmou hoje o ministro de Transportes, Grant Shapps, ao canal Sky News.
“Quanto aos prazos, creio que poderei dizer algo a mais nas próximas duas semanas”, acrescentou.
O objetivo é poder “reconhecer os aplicativos móveis ou certificações de outros países”, o que será “mais fácil para alguns lugares como a União Europeia”, que conta com um passaporte digital como o Reino Unido, do que para os Estados Unidos, onde os sistemas de certificados variam muito entre estados e são principalmente de papel, destacou.
Um sindicato de agentes de imigração alertou que os controles sobre vacinação que seriam introduzidos para as chegadas aos aeroportos britânicos poderiam provocar filas muito longas, de até seis horas, em relação às duas horas atuais.
“É uma decisão política comprovar o status da covid de 100% das chegadas, e esse é especialmente o problema”, disse sua porta-voz, Lucy Moreton, à BBC.
Shapps também defendeu a decisão de permitir que mil torcedores da Itália assistam a final da Eurocopa entre sua seleção nacional e a da Inglaterra no domingo no estádio de Wembley em Londres, sem a necessidade de uma quarentena prévia.
“Vão diretamente para ver o futebol e vão embora 12 horas depois, não podem viajar para nenhum outro lugar”, explicou.