O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a  votação do projeto que atualiza a lei de abuso de autoridade está  mantida na pauta de votações da próxima terça-feira, 6, a menos que os  líderes partidários mudem de ideia. Durante debate sobre o tema no  plenário do Senado, que encerrou nesta tarde, o juiz federal Sergio Moro  afirmou que “talvez esse não seja o melhor momento” para analisar a  matéria.

Renan rebateu a declaração de Moro reafirmando  que se o Congresso tiver que esperar para votar a atualização da lei de  abuso de autoridade quando não houver investigações, não haverá nenhuma  mudança na legislação. Neste caso, as autoridades teriam que ser  acusadas por omissão, segundo o presidente da Casa. “É o Congresso que  tem que decidir se a lei precisa ser melhorada”, declarou.

Denúncia

Na  tarde de hoje, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do  recebimento de denúncia contra o presidente do Senado. Caso a Corte  decida aceitar a denúncia, Renan se tornará réu perante o STF pelos  crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O  peemedebista disse que não acompanhará o julgamento porque estará  trabalhando.

Ele afirmou que não está preocupado com o  resultado. Segundo Renan, este é um caso pessoal, e o pedido de  investigação foi feito por ele há oito anos. “Eu sou o maior interessado  em resolver essa questão”, respondeu o parlamentar. O presidente do  Senado disse ainda que já foi investigado muitas vezes, e que é inocente  das acusações contra ele.