18/11/2025 - 17:38
A Renault do Brasil mudou de nome: agora passa a se chamar “Renault Geely do Brasil“. O movimento ocorre após a compra de pouco mais de 26% da Renault brasileira pela chinesa Geely, que passará a ter carros fabricados na planta da marca francesa, em São José dos Pinhais (PR).
As duas empresas fecharam uma parceria de R$ 3,8 bilhões para o desenvolvimento de plataformas eletrificadas e tecnologias de baixas emissões, que darão origem a produção de novos modelos no Brasil.
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Renault e Geely já são parceiras em outros lugares
O Grupo Renault e o Grupo Geely já são parceiros na Coréia do Sul, e também dividem a Horse Powertrain, empresa dedicada ao desenvolvimento e produção de motores e transmissões. Aqui no Brasil, a ideia, como diz as próprias marcas, é “acelerar o desenvolvimento das marcas no mercado nacional”, com foco especial na transição para a mobilidade com emissões zero ou baixas emissões.
O investimento de R$ 3,8 bilhões será destinado principalmente ao Complexo Ayrton Senna, a tradicional fábrica na região de Curitiba (PR). De lá, hoje, saem Kwid, Kardian, Duster, Oroch, Boreal e Master, além de motores SCe e TCe. A planta é uma das maiores automotivas do país, e também vai fabricar carros da Geely.
Os planos deverão incluir, já no ano que vem, a produção de uma nova plataforma mecânica da Geely, batizada de “GEA”. Ela deverá comportar modelos de baixa emissão (híbridos) e também zero emissão (elétricos). Em seguida, ainda em 2026, virão dois carros inéditos da fabricante chinesa, já feitos na planta de Pinhais. Por último, também no próximo ano, um modelo atual da marca francesa deverá ser renovado. As grandes apostas vão para Duster ou Kwid.
Já no ano seguinte, 2027, começará na unidade industrial paranaense a fabricação de uma plataforma eletrificada inédita da Renault, que também deverá servir para carros híbridos e elétricos. Por fim, em 2027, será a hora de lançar um produto novo da francesa, que pode indicar a chegada da Niagara, futura picape sucessora da Oroch.
O evento para anunciar os investimentos contou com a presença do Vice-Presidente da República Geraldo Alckmin, do Governador do Estado do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior, do CEO da marca francesa, Fabrice Cambolive, do vice-presidente senior Geely Holding Group, Victor Yang e do presidente e diretor geral da Renault-Geely do Brasil, Ariel Montenegro.
Segundo Alckmin, o investimento consolida um ambiente propício à inovação, sustentabilidade e competitividade no setor automotivo, estimulado pelo Mover. O programa foi lançado no final de 2023 e sucede o antigo Rota 2030.
O Mover foca na descarbonização da frota e prevê créditos tributários a empresas que investirem em pesquisa e eficiência tecnológica, desde que produzam no Brasil. Atualmente, há 231 habilitadas no programa. já mobilizou anúncios de R$ 190 bilhões em investimentos privados até 2033.
