08/05/2025 - 10:15
O rendimento médio mensal do brasileiro, incluindo todas as fontes, aumentou 2,9% frente a 2023, atingindo R$ 3.057 em 2024, recorde da série histórica iniciada em 2012, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo IBGE.
Igualmente, outros indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836). Já o rendimento mensal real domiciliar per capita chegou a R$ 2.020, com alta de 4,7% ante 2023.
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A massa de rendimento mensal domiciliar per capita também atingiu o maior valor da série em 2024: R$ 438,3 bilhões. O aumento, em termos reais, foi de 5,4% ante 2023.

Desigualdade cai ao menor nível desde 2012
Embora ainda permaneçam em patamares bastante elevados, três indicadores que avaliam as desigualdades de rendimento na PNAD Contínua caíram aos menores níveis da série histórica, iniciada em 2012.
Em 2024, os 10% da população com os rendimentos mais elevados recebiam o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos. Essa foi a menor razão da série histórica, que atingiu seu pico (17,1 vezes) em 2018.
População com rendimento também é recorde em 2024
Segundo o IBGE, os patamares recordes dos principais tipos de rendimentos em 2024 estão associados aos aumentos da população com rendimento (143,4 milhões), da população com rendimento habitual do trabalho (101,9 milhões) e da população recebendo aposentadoria e pensão (29,2 milhões).
Já a população que recebe benefícios provenientes de programas sociais do governo também cresceu, indo de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024. No entanto, apesar da alta, esse contingente de beneficiários está longe do auge da série (27,5 milhões), atingido em 2020, durante a pandemia de Covid-19.