Papéis avulsos

 

As ações da TIM recuaram fortemente nos últimos dias por causa dos temores dos investidores brasileiros e internacionais, italianos em especial, com relação ao passivo tributário da operadora de telefonia. A companhia está contestando uma cobrança de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido que pode chegar a R$ 1,26 bilhão. Em comunicado na segunda-feira 20, a TIM afirmou que já recorreu da multa e que espera uma decisão favorável no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf.

 

61.jpg

 

Apesar do otimismo, os acionistas estão temendo o respingo desse vermelho nos resultados da companhia. O Fisco não é o único problema. Em julho, a TIM foi proibida pela Anatel de cadastrar novos clientes em 19 Estados, devido a reclamações dos usuários quanto à qualidade do serviço. Entre a sexta-feira 17 e a quarta-feira 22, os papéis caíram 9,2% e recuaram para R$ 7,88, o menor preço desde 8 de agosto de 2011. Mesmo com tantos problemas, porém, Jacqueline Lison e Rodrigo Faria, da Fator Corretora, recomendam a compra dos papéis, que estão descontados. 

 

62.jpg

 

 

 

 

Varejo


Iguatemi atrás das pechinchas 

 

A empresa de gestão de shoppings Iguatemi anunciou que vai recomprar 792,5 mil ações, o equivalente a 1,8% dos papéis em circulação em um período de até um ano. Se todos os papéis fossem comprados na quinta-feira 23, a empresa desembolsaria R$ 3,7 milhões. As ações devem ficar em tesouraria.

 

63.jpg

 

 

 

Touro x Urso

 

O resultado da viagem do primeiro-ministro grego Antonis Sâmaras a Berlim e a Paris no fim de semana para buscar apoio da União Europeia à solução da crise grega deverá definir o comportamento do mercado. As perspectivas não são boas. Nos últimos dias, autoridades alemãs declararam que a saída da crise será uma “tarefa árdua”, o que indica pouca disposição de ajudar a Grécia e outros países da Zona do Euro. 

 

64.jpg

 

 

 

 

Educação financeira

 

Em Como assim, dinheiro não dá em árvore?, Waldir Leôncio Netto parte de conceitos simples de educação financeira para mostrar a importância de conhecer as regras do jogo no mundo capitalista. Ed. Nobel, 256 páginas, R$ 44,90.

 

65.jpg

 

 

66.jpg

67.jpg

 

 

Quem vai lá


Expectativa de sucesso na OPA da Redecard

 

O Itaú Unibanco marcou para 24 de setembro o leilão de oferta pública de aquisição (OPA) da Redecard. O banco presidido por Roberto Setubal, deve desembolsar cerca de R$ 12 bilhões para comprar os 336,3 milhões de ações em circulação no mercado, a R$ 35 por papel. Para ter sucesso na operação, dois terços dos acionistas devem aceitar a oferta até 21 de setembro. A ação da Redecard fechou a R$ 33,47, na quarta-feira 22, o que indica uma valorização potencial de 4,57%.

 

68.jpg

 

Palavra do analista: Segundo relatório da corretora Planner, o preço de R$ 35 por ação é justo e a OPA deve ser realizada com sucesso. O relatório ressalta que, em caso de insucesso, o Itaú deve concentrar seus negócios com a processadora Hypercard. Se isso ocorrer, há um razoável risco de esvaziamento dos negócios da Redecard.

 

  

 

 

Varejo


Casino assume o Pão de Açúcar

 

O grupo francês Casino anunciou na quinta-feira 23 que assumiu formalmente o controle do Grupo Pão de Açúcar. A família Diniz exerceu a primeira opção de venda da Wilkes Participações e transferiu um milhão de ações ordinárias da holding aos franceses, que agora controlam a Wilkes. A segunda opção de venda poderá ser exercida a partir de junho de 2014.

 

 

 

69.jpg

 

70.jpg

 

 

Energia


Mais potência nos negócios da Taesa

 

A oferta subsequente de ações da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), em julho, galvanizou os investidores. A média de negócios saltou de 23 para 330 por dia, e o volume financeiro diário avançou de R$ 2 milhões para R$ 12 milhões. O free float da companhia aumentou de 4,7% para 27,5%. Esse percentual permite que a empresa, listada no Nível 2 de governança corporativa, migre para o Novo Mercado. 

 

71.jpg

 

 

 

72.jpg

 

 

Mercado em números


Comgás 

R$ 1,135 bilhão - Foi o valor de um empréstimo contratado junto ao BNDES. O dinheiro será destinado à expansão e modernização em geral da rede de distribuição de gás da companhia.

 

Cyrela

R$ 400 milhões - É quanto a construtora pretende arrecadar com a sexta emissão de debêntures simples. Com vencimento para cinco anos, cada papel custará R$ 1 milhão. A remuneração ainda não está definida.

 

Minerva

R$ 131 milhões - Foi o prejuízo líquido do frigorífico registrado no segundo trimestre de 2012. O resultado negativo foi provocado principalmente por despesas financeiras.

 

Portobello

R$ 23,8 milhões - Foi o lucro líquido que a fabricante de cerâmica registrou no primeiro semestre do ano. O resultado é 506% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. No semestre, o Ebtida cresceu 97%, para R$ 52,7 milhões.

 

Romi

R$ 17 milhões - Foi quanto a companhia de máquinas gastou para recomprar quase três milhões de ações em seu programa de recompra. O valor médio pago por ação foi de R$ 5,95. 

 

 

 

 

Pelo mundo


George Soros entra em campo

 

O megainvestidor George Soros comprou, por US$ 44 milhões, 7,85% do capital do Manchester United. As ações do clube de futebol inglês estrearam em Nova York no dia 10 de agosto, no que foi considerada a maior abertura de capital do esporte, ao levantar US$ 232 milhões. Depois do lançamento, porém, os preços foram para a retranca. Os papéis amargavam uma queda de 5,4% até a quarta-feira 22. 

 

73.jpg

 

 

 

Microsoft lucra US$ 250 milhões com Facebook

 

A fabricante de software Microsoft ganhou US$ 250 milhões com a venda de 20% das ações que tinha do Facebook, logo após a entrada da rede social na bolsa Nasdaq, em junho. O preço de venda de cada papel foi de US$ 38, muito superior à cotação da quarta-feira 22, quando as ações da rede social atingiram US$ 19,50. 

 

 

 

 

Prejuízo de US$ 8,86 bi na HP

 

A produtora de eletrônicos Hewlett-Packard registrou, no terceiro trimestre do ano fiscal de 2012, prejuízo líquido de US$ 8,86 bilhões, ante um lucro de US$ 1,93 bilhão no mesmo período do exercício anterior. Baixas contábeis e custos de amortização e reestruturação dos negócios foram responsáveis pelo resultado. 

 

 

 

 

Personagem


A acelerada da Localiza

 

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados sobre automóveis em maio derrubou as cotações da Localiza. No entanto, a recuperação foi rápida e os papéis subiram 36% neste ano. Roberto Mendes, diretor de RI, falou com a DINHEIRO:

 

74.jpg

Roberto Mendes, diretor de RI: ações defensivas, imunes à alta do dólar.

 

Os papéis da empresa recuaram com a notícia da redução do IPI, mas já se recuperaram. Por quê?

Nós entregamos bons resultados. O mercado chegou a ver nossas ações como papéis defensivos, pois não sentimos os efeitos da crise nem sofremos com a alta do dólar. Temos dois mil concorrentes no Brasil, mas fixamos nossa marca, especialmente nos aeroportos, onde obtemos um terço de nossa receita em geral. Temos 452 agências no Brasil e mais 48 em outros países da América do Sul, com exceção da Venezuela.

 

A revenda de carros ajuda nos resultados?

Sim, nós renovamos nossa frota com o resultado dessas vendas. No ano passado compramos 59 mil veículos por R$ 1,77 bilhão e vendemos 65 mil unidades por R$ 1,44 bilhão. Ou seja, renovamos a frota e colocamos só R$ 300 milhões do nosso bolso. Hoje temos uma frota de 96 mil carros em agências próprias e 13 mil nas agências franqueadas.

 

Como os srs. avaliam o serviço de gestão de frotas para terceiros?

De maneira muito positiva, especialmente com os investimentos previstos em infraestrutura, que devem aumentar a demanda por veículos corporativos. Em vez de a empresa cliente comprar o carro para o funcionário, ela aluga um de nossos veículos por períodos de até três anos. Esse negócio ainda é pouco representativo no nosso faturamento, mas é nossa principal aposta.

 

75.jpg

 

 

Colaboraram: Patricia Alves e Fernando Teixeira