Como o senhor avalia a economia colaborativa no Brasil?
É um mercado que avançou muito nos últimos anos. O brasileiro sempre quis estar conectado e usar as redes sociais. Isso abriu as portas para novos serviços que permitem que ele também possa ofertar seus serviços e trabalhar no ambiente online. É um movimento interessante que se deu pela criação de novos usos para uma tecnologia já existente.

Estamos atrasados em relação aos outros países?
Eu não enxergo o Brasil atrasado em relação aos Estados Unidos e à Europa. Estamos bem próximos, para falar a verdade. É preciso lembrar que a economia colaborativa até se beneficia de um certo atraso social. Por exemplo, é seguro contratar alguém nos EUA, porque geralmente são microempresas que têm credibilidade e são confiáveis. Por aqui, isso ainda não acontece. Então, quando uma plataforma oferece a possibilidade para os usuários avaliarem e deixarem críticas sobre os serviços, esse atraso social acaba acelerando a economia colaborativa.

(Nota publicada na Edição 1046 da Revista Dinheiro)