Quais os planos da Udemy para o mercado latino-americano?
Planejamos abrir mais escritórios no continente ao longo do tempo. E o Brasil pode até se tornar o quartel-general das operações da Udemy na América Latina. Mas, por enquanto, vamos focar esforços na operação no País. Em nossas pesquisas, notamos que os brasileiros tinham o costume de buscar cursos educacionais na internet e havia uma demanda a ser preenchida.

Quais os desafios de operar no Brasil em relação aos outros mercados em que a Udemy trabalha?
Há uma série de diferenças sutis. A linguagem, por exemplo. É inviável disponibilizar um curso para brasileiros utilizando o português de Portugal. Outro ponto é a questão financeira. Brasileiros gostam de pagar por seus serviços utilizando vários meios de pagamento, inclusive boletos bancários. Tivemos que aprender o que era um boleto.

Como o senhor enxerga a competição no País? A Udacity, que também oferece cursos online, é uma rival para a Udacity?
São negócios um pouco diferentes. Nós somos os únicos a operar neste modelo de marketplace e ninguém tem a mesma variedade de conteúdo que temos. Temos 80 mil cursos e nossos instrutores adicionam mais de 3 mil cursos por mês à plataforma. Somente no Brasil são 250 novos cursos ofertados mensalmente. Mas eu tenho certeza que teremos serviços semelhantes por aqui em breve. Não vamos ficar sozinhos por muito tempo.

(Nota publicada na Edição 1077 da Revista Dinheiro)