A Movile está se esforçando para se tornar uma empresa global?
A Movile acredita em criar empresas globais. Estamos investindo em vários países. O aplicativo iFood está se expandindo para o México. O serviço de motoboy Rapiddo está indo para México e Colômbia. A Maplink, da área de mapas, comprou agora uma empresa na França. Temos também um escritório no Vale do Silício. O Playkids está em mais de 100 países e somos líderes em 30 deles. Dito isso, só não conseguimos operar na Venezuela. É um desafio gigante.

A empresa fechou sua operação no país?
Sim, foi muito difícil. Pensei em esperar mais alguns anos para as coisas melhorarem, mas não conseguimos. O câmbio lá é tão difícil. Não sabemos quanto faturamos. Não conseguimos mandar dinheiro ou tirar dinheiro de lá. Contratar também é muito difícil. Não gosto de falar mal de um país, mas não dá. A Venezuela tem confusões de leis trabalhistas, de economia, de greves.

Quando aconteceu o fechamento?
Tínhamos 20 funcionários, reduzimos para cinco e, há duas semanas, encerramos as operações. Fico triste. Meu objetivo é de expandir-se pelo mundo. Quero é ser uma empresa avaliada em US$ 10 bilhões. Nosso sonho é muito maior do que ser uma empresa de US$ 1 bilhão.

(Nota publicada na edição 993 da revista Dinheiro)