07/03/2014 - 21:00
Dívidas estaduais
Com o País ameaçado de ter a sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou atrás no acordo que havia feito com parlamentares e passou a defender a mudança no indexador das dívidas de Estados e municípios somente para o futuro, esquecendo o que já foi pago. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), no entanto, segue articulando a aprovação do projeto com senadores da oposição e da base aliada incluindo a retroatividade. O governador, que será beneficiado com a mudança, acredita que o projeto será votado até abril. Ele conta com a melhoria das contas do seu Estado a tempo de fazer investimentos antes das eleições de outubro.
Defesa
Liberação silenciosa
O Ministério da Defesa já refaz as contas dos projetos que serão adiados com a redução do Orçamento anunciada no mês passado pelo governo federal. A tesourada foi de R$ 3,5 bilhões, quase um quarto do total. Mas os técnicos ainda não dão o corte como definitivo. No ano passado, a pasta perdeu R$ 3,6 bilhões no contingenciamento inicial, mas ao longo do ano conseguiu liberar R$ 2,1 bilhões. A compra dos caças Gripen NG, cujo contrato só fica pronto no fim do ano, não será afetada, já que os desembolsos só começam quando iniciar a produção.
Cinto apertado
Faltou combinar
Preocupado com o equilíbrio fiscal, o governo garantiu não realizar novas desonerações em 2014, mas não combinou com o PT. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado analisa projeto do petista Paulo Paim (RS) para isentar de IOF as operações de crédito consignado. A renúncia da proposta está estimada em R$ 2,5 bilhões.
Livros
Nova mudança?
Adotado pelo Brasil em 2008, e ainda tema de polêmica, o acordo ortográfico que unifica as regras nos oito países que têm o português como língua oficial pode ser novamente modificado. Um grupo de trabalho técnico, criado pelo Senado, defende a simplificação das regras. As editoras brasileiras reclamam que já perderam R$ 2,2 bilhões com a mudança porque tiveram que revisar seus textos e não conseguiram ampliar o mercado.
Infraestrutura
Mais oportunidades
Em encontros com investidores estrangeiros, integrantes da equipe econômica têm se esforçado para mostrar oportunidades em infraestrutura. Nos próximos quatro anos, as obras para o setor devem consumir US$ 221,3 bilhões.
Cingapura
Agora, os portos
Depois de abocanhar o aeroporto do Galeão, em parceria com a construtora Odebrecht, Cingapura está de olho nas concessões dos portos brasileiros. Além de um terminal por onde passa 20% de toda a carga de contêineres do mundo, a estatal PSA International administra portos em outros 14 países.
Notas
A presidenta Dilma Rousseff intensificou suas visitas a Minas Gerais, seu Estado natal. Nos dois primeiros meses deste ano, das nove viagens presidenciais dentro do País, três foram a cidades mineiras. Em todo o ano passado, foram nove visitas.
O futebol não figura entre os esportes preferidos nos Estados Unidos. Ainda assim, os americanos já se preparam para atender os 55 mil turistas que devem viajar ao Brasil durante a Copa. Nas cidades-sede onde não há consulado, os escritórios serão montados em hotéis.
Colaborou: Carolina OMS