07/03/2014 - 10:20
As autoridades da Arábia Saudita classificaram a Irmandade Muçulmana de “organização terrorista”, anunciou a televisão estatal, no momento em que Riad expressa publicamente sua hostilidade à confraria egípcia. Os grupos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EILL) e da Frente Al-Nosra que combatem na Síria, assim como o grupo de rebeldes xiitas Huthis no Iêmen também entraram na lista saudita de organizações terroristas, de acordo com um comunicado do ministério das Relações Exteriores. Neste contexto, o reino deu um prazo de 15 dias para que seus cidadãos que combatem no exterior retornem para o país, em alusão aos sauditas que participam da guerra na Síria ao lado dos grupos jihadistas. Estas decisões marcam uma escalada contra a Irmandade Muçulmana e ilustra o temor crescente das autoridades de um retorno ao país de sauditas ainda mais extremistas sob influência do conflito sírio. O reino saudita, que se opõe à Irmandade Muçulmana, é um dos principais apoiadores das novas autoridades militares no poder no Egito após a destituição em julho do presidente Mohamed Mursi, que pertence à confraria. No início de fevereiro, ele anunciou que todo o saudita envolvido em combates no exterior e membro de “grupos terroristas” poderia receber uma pena de três a 20 anos de prisão. wak/tp/fcc/mr