O Brasil segue como um dos países com maior desigualdade social do mundo em 2023. De acordo com o relatório Global Wealth Report 2023, lançado recentemente pelo UBS, quase metade de toda a riqueza no Brasil está concentrada na mão do 1% da população.

A análise do levantamento mostra que 48,4% da riqueza brasileira fica nas mãos dos super ricos. O índice é o maior entre os países analisados. Veja a lista abaixo:

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Parcela da riqueza detida pelos 1% mais ricos:

  • Brasil: 48,4%;
  • Índia: 41%;
  • Estados Unidos: 34,3%;
  • China: 31,1%;
  • Alemanha: 30%;
  • Coreia do Sul: 23,1%;
  • Itália: 23,1%;
  • Austrália: 21,7%;
  • França: 21,2%;
  • Reino Unido: 20,7%;
  • Japão: 18,8%.

O estudo do UBS analisou a o patrimônio familiar de 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo e, segundo estimativa da companhia, a riqueza global chegará a US$ 629 trilhões até 2027, apesar de ter registrado uma queda em 2022, a primeira do tipo desde 2008. A América Latina aparece com um aumento total de riqueza de US$ 2,4 trilhões.

Encabeçando a lista de perdas de riqueza em 2022 estão os Estados Unidos, seguidos pelo Japão, China, Canadá e Austrália. Já os maiores aumentos de riqueza foram registrados na Rússia, México, Índia e Brasil.

Junto com a diminuição da riqueza agregada, a desigualdade global de riqueza também caiu em 2022, com a participação da riqueza do 1% mais rico global caindo para 44,5%.

O número de milionários no mundo caiu 3,5 milhões em 2022, para 59,4 milhões. Esse número, no entanto, não leva em conta 4,4 milhões de “milionários da inflação”, que não se qualificariam caso o limite milionário fosse corrigido pela inflação do ano passado. Ainda de acordo com a análise do UBS, o crescimento nos países de renda média será o principal motor das tendências globais nos próximos anos.

Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), traçando dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a PNAD contínua, mostrou que, para os 1% mais ricos brasileiros, o patrimônio é de R$ 4,6 milhões por pessoa, considerando pessoas maiores de 18 anos. Já para o 0,1%, esse valor aumenta para R$ 26,2 milhões por pessoa.

Metade do patrimônio dos 1% mais ricos do País é constituído por imóveis, que representam o principal ativo das pessoas abastadas, seguido por ações de empresas e automóveis.