Criado por meio Decreto Federal em 1983, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos é considerado o de maior biodiversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul. São 87.943 hectares com cerca de 1,3 mil espécies documentadas. O paraíso, no entanto, está com sinal de alerta acesso.

Da fauna local, 45 animais estão na lista de extinção e a área dos recifes encolheu 28% em consequência da extração de corais para a produção de calcário e da crescente sedimentação costeira. O dado foi levantado por um grupo de pesquisadores coordenado pela bióloga Mariana Bender, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul.

Dentre as consequências imediatas da degradação ambiental se teme a redução da pesca sustentável que movimenta mais de R$ 100 milhões por ano, 10% da receita da atividade no Brasil, e do turismo que representa 20% do PIB dos municípios da Costa das Baleias, que fica no Sul da Bahia e abrange Abrolhos.

É para tentar reverter o cenário que a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) propôs a criação da Futuri Brasil, uma aliança para ajudar pessoas e empresas que trabalham com o turismo na região reduzindo os impactos negativos e aumentando os benefícios que a atividade pode gerar. A aliança faz parte do projeto Turismo+Sustentável da CI-Brasil e é financiada pelo Fundo Abrolhos T&M, Instituto Humanize, Uxua Casa Hotel & Spa, e WWF.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1315 da Revista Dinheiro)