26/06/2025 - 8:46
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), Andrew Bailey, afirmou que um ritmo gradual e cuidadoso de flexibilização da política monetária ainda é apropriado, apesar da decisão do banco central de deixá-la inalterada em junho. Segundo ele, não havia “justificativa forte o suficiente” para cortar as taxas de juros na ocasião.
“O progresso significativo na desinflação nos permitiu cortar os juros, mas mantemos postura restritiva da política monetária para eliminar a persistência das pressões inflacionárias”, disse, em discurso divulgado nesta quinta, 26, e preparado para a Conferência Global 2025 da Câmara Britânica de Comércio.
Bailey reiterou que a política monetária não é predeterminada e que os juros permanecerão restritivos até dissiparem os riscos de alta ou de baixa para a meta de inflação em 2%.
O presidente do BoE reconheceu que a recente aceleração dos preços, mesmo que dure pouco tempo, amplia incerteza para as perspectivas de curto prazo, somando também aos efeitos negativos de políticas comerciais globais imprevisíveis. Ele aponta ainda que permanecem dúvidas sobre o equilíbrio entre oferta e demanda na economia britânica.
Contudo, Bailey frisou que as taxas de juros continuam em uma “trajetória gradual de queda”, considerando as expectativas de que o crescimento econômico mais moderado e o arrefecimento do mercado de trabalho no Reino Unido contribuam para a redução da inflação.