O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou na quarta-feira, 15, o envio de agentes da Força de Cooperação Penitenciária, antiga Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), para o Rio Grande do Norte. O Estado assiste a ataques coordenados nas ruas em diferentes cidades efetuados a partir de ordens emitidas por líderes presos.

A força-tarefa será de caráter “episódico e planejado” pelo período de 30 dias, com o objetivo de coordenar os serviços de guarda, de vigilância e de custódia de presos.

“A operação terá o apoio logístico e a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do ente federado solicitante. O número de profissionais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação”, informou o ministério na noite desta quarta-feira.

A pasta ressaltou que a força-tarefa não configura uma intervenção federal no Estado, “mas ampara tecnicamente e juridicamente as atividades de cooperação integrada de apoio ao Estado”.

Força Nacional

O Rio Grande do Norte já havia pedido e o governo federal já havia decidido pelo envio de agentes da Força Nacional, que começaram a chegar ao Estado na madrugada desta quarta-feira. Dino autorizou o envio de 190 agentes, dos quais 83 já estão em Natal.

“Eles atuarão em ações conjuntas e coordenadas com órgãos locais. As ações da Força Nacional têm por objetivo coibir as ações de terrorismo e vandalismo que têm ocorrido na capital potiguar, bem como proporcionar à população uma maior sensação de segurança e o restabelecimento da ordem pública”, declarou o ministério.

“Já há uma queda no número de ocorrências, mas o nosso governo permanece atento e com todo o foco para superarmos o mais rápido possível esse momento difícil”, afirmou a governadora Fátima Bezerra (PT) no início da noite da quarta.

Ataques coordenados

Cidades do Rio Grande do Norte estão registrando uma onda de ataques coordenados contra prédios públicos e veículos desde a noite de segunda-feira.

Os casos, que chegaram a cerca de 20 cidades, incluindo a capital, Natal, consistem em incêndios de estruturas de prefeituras e do governo, além de ataques a tiros a bases policiais e sedes do Judiciário.